Conceito sobre Ludicidade
Lúdico é uma palavra de origem latina Ludus, que significa jogo. Esse conceito refere-se à jogos, brincadeiras e ao movimento espontâneo. Mas com o tempo, os estudos agregaram a ludicidade ao campo da Psicofisiologia, que é o estudo que permite compreender a conexão entre o cérebro e o corpo humano. Ou seja, é a evidência comportamental e motora do que o cérebro da criança assimila.
Ludicidade deixou de ser referida apenas aos jogos
, e passou a fazer parte de atividades com características de espontaneidade, interesse, funcionalidade (Correta utilização da função para qual foi desenvolvido) e satisfação. Ou seja, não se espera apenas um resultado, mas o ato em si deve ser prazeroso, pois nesse processo naturalmente há interpretação, seleção e organização de informações.
Atividade lúdica é todo e qualquer movimento que tem por objetivo proporcionar divertimento ao praticante. Desta forma, todas as brincadeiras e jogos que são utilizados como ferramenta de aprendizagem é considerada lúdica.
Brincar é coisa séria!
Para o adulto, o brincar e jogar consiste em passar o tempo e divertir-se. Porém para a criança é uma atividade que envolve concentração, compromisso e empenho. Você já observou um bebê brincando com os seus pés e suas mãos? Nesse ato ele está descobrindo o próprio corpo e desenvolvendo conhecimentos sobre si.
Você já observou uma criança brincando de faz de conta? Ela imerge num mundo de imaginação e criatividade e se expressa de formas variadas. E esse esforço que a ela emprega durante essa descoberta ou brincadeira pode e deve ser direcionado para um aprendizado intencional e sistematizado.
Alguns profissionais ao longo da história modificaram a percepção de ensino e aprendizagem e através de seus estudos elaboraram teorias que evoluíram para o que hoje entendemos como ludicidade no ensino:
Henri Wallon (1879 – 1962 / Médico, Psicólogo e Professor Francês) Expressou que a aprendizagem não se efetiva somente com o ensino de conteúdos. Mas são fundamentais afetos e movimentos, que o professor deve introduzir atividades diversas para despertar as capacidades e atentar-se para os interesses das crianças e deixá-las livres para fazerem as suas descobertas. Pensar na pessoa completa / Dotada de afetividade, motricidade, cognição, personalidade
Para Lev Vygotsky (1896 – 1934 / Psicólogo Bielo-russo), brincar é uma ação criada em um contexto imaginário que estimula a criança à interpretar e se relacionar com o mundo dos adultos, e nesse processo a criança estabelece regras e elabora seu senso critico. Também afirma que o objeto perde a sua força determinadora e 
a criança passa a operar com o significado das coisas, ou seja folhas da árvore se transformam em dinheiro, pedras em comidas e assim por diante. Destacou a importância do professor como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças e apresentação de novas brincadeiras e instrumentos para enriquecê-las. Teoria do conhecimento cognitivo / Zona de Desenvolvimento Proximal (Real e Potencial – Orientação do adulto “Andaime”)
O brincar como vimos, está ligado diretamente a aprendizagem que é um processo pelo qual as habilidades, conhecimentos, comportamentos ou valores são adquiridos ou modificados, mediante à estimulos. Os objetivos da aprendizagem são classificados em:
Domínio Cognitivo: Aprendizagem cognitiva é relacionada aos processos mentais como memória, interpretação e pensamento crítico;
Domínio Afetivo: Apredizagem afetiva é relacionado aos processos de percepções, crenças, emoções e valores;
Domínio Psicomotor: Aprendizagem psicomotora é relacionada ao movimento, percepção de espaço e habilidades motoras.
A proposta de um ensino lúdico é desenvolver esses domínios brincando. Podemos concluir que ludicidade é aproveitar a capacidade de brincar da criança e efetivar por esse meio, diversos conhecimentos com atividades dirigidas, intermediadas e livres.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludicidade
https://www.significados.com.br/ludicidade/