Os recursos hídricos vêm sendo amplamente modificados devido à constante ação do homem sobre o meio ambiente a fim de saciar as suas necessidades, principalmente alimentares. Devido ao aumento da população e à ausência de políticas públicas a qualidade da água doce vem piorando sendo esse um recurso natural finito, cuja as politicas voltadas para a sua preservação são insuficientes. As influências antrópicas sobre a qualidade da água estão fortemente associadas ao crescimento da urbanização, da expansão das atividades agropecuárias e industriais.
Os poluentes resultantes do deflúvio superficial agrícola são constituídos de sedimentos, nutrientes, agroquímicos e dejetos animais. Para as condições brasileiras, não se tem quantificado o quanto esses poluentes contribuem para a degradação dos recursos hídricos. Nos Estados Unidos, no entanto, admite-se que 50% e 60% da carga poluente que contamina os lagos e rios, respectivamente, são provenientes da agricultura. Desta forma, existe um consenso geral que a atividade agropecuária rege uma importante função na contaminação dos mananciais, sendo uma atuação com alto potencial degenerador, e que a qualidade da água é um reflexo do uso e manejo do solo da bacia hidrográfica em questão.
Neste sentido, este artigo de revisão procura abordar os principais aspectos da qualidade da água nos sistemas agrícolas, citando algumas atividades agropecuárias e os processos de poluição do solo e da água e a relação dos proprietários rurais e ferramentas para o monitoramento e proteção da qualidade. Faz-se necessário o uso de utensílios que viabilizem os padrões dos corpos d’água e a determinação de sua qualidade. Varias ferramentas foram propostas com base em características físicas, químicas e bacteriológicas da água, havendo ajustes nos pesos e parâmetros para adequação à realidade regional. Entre elas destacasse o Índice de Qualidade da Água (IQA), que é uma importante metodologia para avaliar o padrão das águas nacionais.