Por meio do processo de globalização, somado aos avanços da economia internacional, o marcado abriu fronteiras e as organizações expandiram seus negócios em diferentes regiões do mundo. Com isso, uma empresa que antes tinha operações vinculadas apenas ao mercado local ou nacional, intensificou a fase de novos negócios em diferentes países, e través disto vivenciou o fenômeno da multinacionalização, surgindo filiais, escritórios e plantas produtivas em locais diferentes da nacionalidade de sua matriz.
De acordo com Freitas , no exato momento em que as corporações começam a traspor as fronteiras geográficas, há uma difusão das matrizes sócio culturais, as quais as empresas carregam consigo por onde elas forem. No entanto, é importante ressaltar que mesmo que haja influência e uma possível uniformização em razão das tecnologias e metodologias de trabalho, cada sociedade, se adapta, elegendo e construindo sua própria subcultura derivada da cultura dominante. Segundo Motta (1997) nesse processo, onde temos costumes e valores globais, mas também nacionais, a hibridez – miscigenação de culturas caracteriza-se também como um campo de estudo da cultura organizacional.
…existem vários aspectos que condicionam essas diferenças culturais entre as empresas. Porém, um dos fatores mais importantes a diferenciar a cultura de uma empresa da cultura de outra, talvez o mais importante, é a cultura nacional. Os pressupostos básicos, os costumes, as crenças e os valores, bem como os artefatos que caracterizam a cultura de uma empresa, trazem sempre, de alguma forma, a marca de seus correspondentes na cultura nacional. Não há como, portanto, estudar a cultura das empresas que operam em uma sociedade, sem estudar a cultura – ou as culturas – dessa sociedade.
Diversas pesquisas têm por objeto a comparação cultural e atmosfera do comportamento das empresas situadas em diferentes localizações. Essa corrente de pesquisa, iniciada na Europa, ter por objetivo principal investigar a contingência cultural e a sua influência nas organizações .