Esse tema será abordado principalmente pela perspectiva apontada por Lévy que é a principal referência nas reflexões sobre novas tecnologias e suas interações com a cultura.
Lévy caracteriza a cibercultura como um universo isento de totalidade, fazendo uma alusão ao impacto da introdução da escrita em tempos de oralidade. O grande acontecimento aqui foi a possibilidade de acesso à conteúdos de forma atemporal. Através da escrita possível que outras gerações tivessem acesso à um mesmo conteúdo sem alterações de sentido, o que não ocorria com a oralidade. Isto é o que Lévy chama de “a primeira grande transformação na ecologia das mídias: a passagem das culturas orais às culturas da escrita.
Antes de falar sobre Cibercultura é necessário esclarecer também o termo Ciberespaço (também chamado de rede), o qual sem ele é impossível a existência da cibercultura. O ciberespaço se dá pela interação virtual das pessoas por meio da tecnologia.
O primeiro que aplicou a palavra ciberespaço
O primeiro autor a utilizar o termo ciberespaço foi Willian Gibson, com a obra Neuromancer de 1984. O autor caracteriza como um espaço onde não existe local físico que é criado por meio de uma rede de computadores em que circulam as informações nos mais variados formatos onde seu acesso se dá em um ambiente globalizado.
A criação do ciberespaço está ligada com a interconexão de informações em escala mundial através dos acessos tecnológicos chamados computadores. Em outras palavras, ciberespaço é o “local” virtual das interações que formam a cibercultura. Nesse espaço em redes, não há centralização de informação nem a homogeneidade dela, mas sim a “multiplicação das singularidades e a ascensão da desordem”. Vemos então a possibilidade de participar “ao vivo” das transformações de uma humanidade viva.
Lévy descreve a ligação da cibercultura com o ciberespaço evidenciando a não totalidade que isso proporciona