Para Piaget (1975) e Winnicott (1975), o jogo, o brinquedo e a brincadeira têm suas origens internalizadas no decorrer da vivência, afinal nem todo brinquedo é palpável e cada um tem uma forma de nomear a sua brincadeira. É necessário, contudo, deixar claro que há uma sinonímia entre jogo e brincadeira quando ambos os termos levam a percepção de divertimento.
O moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis (1998) afirma que os termos em questão têm os seguintes significados:
1) Jogo – Qualquer atividade recreativa que tem por finalidade entreter, divertir ou distrair; brincadeira, entretenimento, folguedo.;
2) Brinquedo – Objeto feito para divertimento de crianças;
3) Brincadeira – Divertimento, em particular entre crianças; brinco, recreação, recreio.
Neste trabalho, contudo, os termos jogo, brincadeira, brinquedo e lúdico são apresentados em um sentido que transcende o simples entretenimento e apresentam-se em um sentido mais amplo, porém correlatos.
Brincar: uma necessidade
Para Santos (1999) a brincadeira é tão importante que para ela é como se fosse um instrumento que a auxilia para todos os processos de aprendizagem na sua vida. Sabe-se que quando a criança brinca reflete o seu estado de espírito e sua forma de interagir com o mundo e quando não o faz é necessário investigar, pois algo não está bem de tão importante que é a brincadeira nos processos psicossociais.
A respeito disso este mesmo autor mostra alguns pontos de vista relevantes sobre a brincadeira baseado na visão das Ciências Humanas:
a) Filosofia da Educação: a brincadeira contrapõe-se a racionalidade marcando uma dualidade em que emoção e razão andam juntas em uma complexa manifestação de cessão de ações;
b) Sociologia: brincar é a mais perfeita forma da criança ser inserida. Ao brincar a criança vai internalizando os sistemas que regem a sociedade e suas interfaces. Regras, costumes, valores, leis, crenças são assimiladas quando se brinca;
c) Psicologia: o ato de brincar se encontra presente em todas as fases de desenvolvimento da criança participando do processo de modificação comportamental;
d) Pedagogia: Brincar é uma estratégia facilitadora no binômio ensino-aprendizagem, propiciando diversos caminhos para o desenvolvimento cognitivo.Pode-se então perceber que a brincadeira se encontra nas mais diferentes