A negligência para com o meio ambiente é histórica, embora o mundo só tenha se proposto a discuti-la há meio século. Mesmo assim, os obstáculos para promover o cuidado com a natureza se diversificaram, visto que a queima e o desmatamento intensos proporcionam a perda generalizada da biodiversidade, a degradação do solo e mudanças climáticas, frutos da desordem estatal e de interesses comerciais. Dessa forma, torna-se evidente a necessidade da efetivação de políticas públicas e educacionais para preservação do meio ambiente. Assim sendo, cabe refletir sobre o descuido estatal com o ecossistema, como também, o fato de o poder econômico ser sobreposto à natureza, esta fundamental para alcançar o direito à vida.
Com primazia, destaca-se a negligência do Estado no cuidado para com o meio ambiente. Decerto, é exemplar a resposta tardia do Governo Brasileiro a respeito das queimadas, permitindo assim a destruição de florestas sem que haja devida atenção a este crime. Ademais, nota-se o impasse do Ministério do Meio Ambiente na administração da prática criminal de desmatamento em áreas de preservação, especialmente na Amazônia. Portanto, faz-se necessário que esse Ministério efetive medidas preventivas contra os desmatamentos ilegais e a favor as áreas de preservação.
Secundariamente, no sistema político-econômico capitalista, o principal objetivo é a maximização dos lucros, conquanto (mesmo que) ocorra às custas da destruição do meio ambiente. Por ora, a agrotecnologia implementa técnicas e ações para aperfeiçoarem o manejo de terra, mas grande parte desses mecanismos ocasionam a ocorrência de desastres ambientais. Além disso, os métodos de extrativismo, consequentemente, propiciam as degradações biológicas constantes, a partir das queimas e da extração da cobertura vegetal, as quais resultam na poluição do ar e limitação da produção de oxigênio que afetam a vida do povo brasileiro. Desse modo, é imprescindível que a Secretaria de Educação, juntamente com o IBAMA, elabore projetos de educação agrícola e de reflorestamento de áreas desmatadas.