O homem está suscetível a ter experiências que refletem algum desequilíbrio entre si e o seu entorno, mais conhecido como crises. São várias as condições para que haja uma crise, não só a gravidade dos eventos que iniciam os impasses, mas também o significado que é dado a tal processo (Liria & Veja, 2002; Sánchez & Amor, 2005). Em virtude disso, gera-se um conflito interno, preenchido por pensamentos desorganizados, sentimentos de desesperança, tristeza e fracasso.
Uma pessoa sem IE, segundo Goleman (2005) representa o fracasso inevitável e que isso é o futuro para todos. Esta afirmação está fundamentada no fato de situações imprecisas e tomadas de decisões rápidas, práticas e eficientes aparecem diante dos olhos de um trabalhador, onde, o julgamento do que é correto ou não, afeta de forma crítica o que deve ser feito.
Diante de um contexto como esse, é de extrema importância o desenvolvimento da inteligência emocional, que auxilia o indivíduo a formular respostas adaptativas e a escolher opções relevantes e adequadas o suficiente no enfrentamento de dificuldades.
Por esse motivo, se torna cada vez mais necessário, a formação de uma equipe bem preparada para enfrentar as inúmeras situações que são vivenciadas dentro do ambiente organizacional. Sobre isso, Cherniss (2002) diz que, algumas assistências feitas no local de trabalho para aumentar a inteligência emocional são essenciais para trabalhadores que até então, não tenham tais habilidades, visando o desenvolvimento e valorização do trabalhador.
A IE facilita a interação com os colegas de trabalho, ajuda nas negociações, aumenta a produtividade e impacta positivamente na visão essencial do saber lidar com o outro. Essa visualização de liderança é facilmente compreendida quando Goleman (2012) diz que, liderar não é dominar, mas sim saber convencer as pessoas a trabalharem juntas e com o mesmo objetivo.
Não desenvolver a inteligência emocional em meio às corporações, é como viver dentro de uma “eterna” escuridão emocional, seja por interpretar erroneamente os sentimentos ou por não expressa-los de forma adequada, felizmente Goleman (1998) diz que a inteligência emocional tende a aumentar á medida que aprendemos a reparar melhor os estados afetivos, podendo ser aperfeiçoada com o amadurecimento.
Enfatiza-se então, a necessidade do profissional desenvolver tanto competências técnicas quanto humanas, visando o diferencial da empresa por meio da regulação emocional, aperfeiçoando suas escolhas e resultados diante das crises, tendo como premissa que o ser humano tem um poderoso potencial dentro de si, aproveitando-o como um fator essencial na competitividade no meio corporativo (CARLETTO, et. AL. 2005).