O transplante é um procedimento cirúrgico no qual ocorre a reposição de um ou mais órgãos doentes por outro, através da doação, configurando uma forma de tratamento eficaz, sendo este o principal recurso para a manutenção da vida para doenças em fase terminal¹.Em fevereiro de 1997, o Brasil dava um salto importante na área de captação e transplante de órgãos e tecido¹, desde então, tem-se apresentado como uma opção de tratamento capaz de melhorar a qualidade de vida de pessoas que apresentam doenças crônicas, de caráter irreversível.
Atualmente o país possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 96% dos transplantes de órgãos são realizados na saúde pública . Os avanços científicos, tecnológicos, organizacionais e sociais têm colaborado para o crescente número de transplantes de órgãos no Brasil e no mundo, ainda que insuficientes diante da vasta quantidade de pessoas que aguardam nas filas de espera5.
Apesar dos transplantes ainda serem insuficientes, os números são crescentes, na última década, foram realizados 8.729 transplantes de órgãos sólidos, com destaque numérico para os de rim, fígado e coração, com 5.923, 2.182 e 353 procedimentos, respectivamente6.
O transplante de coração
No ano de 2018 houveram aumentos consideráveis, a taxa de transplante cardíaco, por exemplo, aumentou 21,4% nesses seis anos, tendo passado de 1,4 pmp para 1,7 pmp. Em Brasília esse número também cresceu significativamente (11,2 pmp) tendo a maior taxa nessa modalidade comparada a outros estados6.
Outros dados mostram que o transplante renal no Brasil apresentou uma pequena recuperação no terceiro trimestre de 2019 (29,5 pmp), superando em 3,4% a taxa obtida no ano passado (28,6 pmp). No Distrito Federal a taxa dos transplantados renais houve aumento, porém ainda abaixo da necessidade estimada. A maioria dos procedimentos realizados em Brasília foi de córneas (83). Em seguida, aparecem operações de fígado (70), rim (62) .
Tendo em vista todo o exposto, entende-se que o processo de transplante de órgãos tem se tornado cada vez mais presente na terapia, devido a reabilitação e melhora de sobrevida dos pacientes8. Assim, aqueles que se submetem a fazê-lo aumentam as chances de um retorno à vida normal com qualidade de vida pós-transplante e melhorando consideravelmente, assim muitos transplantados retornam ao trabalho, reintegrando-se à comunidade.
Contudo como em qualquer procedimento intra-abdominal, os pacientes submetidos a transplante renal e cardíaco apresentam queda da função pulmonar no pós-operatório por conta da anestesia geral e da inibição diafragmática. A fraqueza muscular pós-operatória e a redução da tolerância a exercícios13 também são frequentemente observadas e podem significativamente afetar a qualidade de vida dos pacientes.
http://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44442-brasil-aumenta-doacao-de-orgaos-e-bate-recorde-em-transplantes