Células-tronco da medula óssea

 INTRODUÇÃO

O que comumente é jogado no lixo, torna-se fonte de vida e de esperança para aqueles que aguardam por cura. O sangue do cordão umbilical e plascentário (SCUP) é rico em células-tronco hematopoéticas (CTH) que, desempenham quase as mesmas funções das células-troco embrionárias (CTE) e tem sido utilizado para tratamento de diversas doenças hematológicas em crianças e adultos.

As células-troco (CT) ou estaminais, possuem caracteristica totipotente,ou seja, são capazes de se auto renovar e de se diferenciar em qualquer tecido do corpo, encontradas em vários tecidos, como sistema nervoso central, fígado, tecido adiposo, sangue, cordão umbilical e placenta. Pesquisadores conseguiram comprovar a existência de grande quantidade de Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH) no sangue de Cordão Umbilical e Placentário, podendo ser criopreservadas e descongeladas futuramente.

Estudos sobre o uso da TC do sangue do cordão umbilical

A terapia com células estaminais apresentam inúmeras vantagens para a medicina regenerativa, podendo tornar-se a solução de doenças que ainda não têm tratamento eficaz. Foram publicados inúmeros trabalhos, sobre a utilização de CT do sangue do cordão umbilical em doenças cardiovasculares, diabetes, doenças do sistema nervoso central, entre muitas outras.

Em 1988 realizaram o primeiro transplante usando células do sangue do cordão umbilical humano, e foi um sucesso. A partir disso, o SCUP tem sido utilizado como uma grande fonte de CTH para transplante em pacientes que não acham doadores compativeis. O sucesso do uso dessas células, trouxe a necessidade de armazenamento das mesmas, levando à criação do primeiro banco de SCUP em 1993 pelo Doutor Pablo Rubinstein nos Estados Unidos.

No Brasil, o primeiro banco público de SCUP, foi inaugurado em 2001 pelo INCA, no Rio de Janeiro, o que contribuiu para o crescimento dessa área e para o estabelecimento de bancos públicos. Em 2004 o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu a rede nacional pública de Bancos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP) a BrasilCord .

Os bancos públicos trabalham com transplantes heterólogos, ou seja, a doação do SCUP vai para um receptor não relacionado, e todos os procedimentos são financiados por instituições governamentais e por doações privadas. Já os bancos privados trabalham com transplantes autólogos, onde o SCUP é utilizado para o próprio indivíduo, ou em alguns casos, no tratamento de parentes, sendo todos os procedimentos pagos como também a criopreservação.

Com a criação da Rede BrasilCord e do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de medula óssea, já é possível encontrar um doador compatível para cerca de 50% dos pacientes no Brasil e mais 20% no exterior. A doação altruísta e voluntária, pode ser a única opção de tratamento na tentativa de salvar a vida de um paciente com doença fatal

Atualmente, apesar do uso de células-tronco da medula óssea, de sangue periférico e do cordão umbilical, serem uma prática médica comum no tratamento de doenças hematológicas, ainda existem algumas questões que devem ser melhor estudadas.

 

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