A influência do ambiente externo na educação das crianças

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Com o passar dos anos é clara a influência do meio externo na forma de educar dos pais, tendo em vista a modernização da sociedade e a facilidade de acesso a informações, seja no mundo virtual, televisão, jornais e até mesmo pela própria escola. Os alunos atualmente, desde pequenos, têm acesso à Internet, jogos, músicas e diversões que normalmente trazem em sua essência a influência da cultura inglesa, logo, os pequenos já têm esse contato com outra língua e muitas vezes já sabem decifrá-las.

Conhecer e dominar uma segunda língua tem sido fundamental para melhorar o seu desempenho escolar e ser um diferencial na concorrência do mercado, isso também se relaciona com o processo de ensino e aprendizagem da criança, que por sua vez, precisa ter contato com várias formas de linguagem do mundo externo que a levará ao conhecimento de novas culturas e aquisição de novos valores.

Conforme Bauchot para se compreender o processo de composição da linguagem, o autor comenta sobre a existência de uma área no cérebro responsável pela elaboração e desenvolvimento da linguagem, a chamada região ou área de Broca. De acordo com Sternberg (2009) essa descoberta, ocorrida em 1864 deve-se ao estudioso da neurologia humana Paul Broca que estudou o assunto buscando explicações sobre os mecanismos ligados a linguagem. Segundo este autor:
A Área de Broca é responsável pelo processamento da linguagem, produção da fala e compreensão. É um centro de linguagem no cérebro, é a área responsável pela formação das palavras. Essa área está presente no hemisfério dominante, normalmente, o esquerdo.

O autor complementa que as línguas adquiridas ainda na infância são sobrepostas numa mesma área, tornando o “acesso” a elas, natural. No caso de vir a ser adquirido em outro momento da vida, esse aprendizado fica armazenado em outra área do cérebro, o que poderá diminuir a agilidade e a facilidade no conhecimento pleno do idioma.

Conclusão

Logo, é possível perceber a importância significativa do contato precoce da criança com outra língua que não seja a materna. Nesse sentido, quanto mais cedo a aprendizagem de uma segunda língua, melhor é a capacidade do indivíduo de apropriar-se dela com maior facilidade no processo de desenvolvimento cognitivo.
Conforme explica Grosjean:

Muitas pesquisas já realizadas, com o advento da neurociência, comprovam que o bilinguismo impacta positivamente o desenvolvimento cognitivo das crianças, principalmente por propiciar maior plasticidade e flexibilidade entre as sinapses, característica que facilita aprendizagens subsequentes.

Dessa forma, a autora Megale (2005) afirma que o indivíduo que aprende duas línguas quando criança no mesmo contexto, provavelmente irá apresentar uma única representação de memória para as duas traduções equivalentes, uma grande vantagem do bilinguismo na infância, diferente de quem aprende a segunda língua em um outro contexto da língua nativa, na qual pode apresentar duas representações distintas para traduções equivalentes.

Relativamente pode-se dizer que a aquisição da segunda língua ocorre de forma simultânea ou sucessiva em relação à língua materna, pois para Edwards (2006) na aquisição simultânea, é comum que a criança utilize uma língua para cada pessoa, seguindo o princípio de “uma pessoa, uma língua”. Na aquisição sucessiva, por sua vez, é a aquisição da segunda língua posteriormente, depois que já está consolidada a língua materna, e pode se dar em qualquer idade. O autor afirma que a aquisição prematura facilita a fluência, o vocabulário e a pronúncia. As crianças bilíngues apresentam, em geral, melhor desempenho cognitivo do que crianças monolíngues, tendo vantagens consideráveis.

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