Progresso científico e tecnológico

Atualmente nos deparamos com um grande avanço global, nos quesitos científico e tecnológico. Por consequência de tais adventos, a necessidade de se comunicar em outras línguas é intensificada.

No Brasil, surge uma nova configuração de escola, as escolas bilíngues, que aumentaram consideravelmente nos últimos anos. O foco desse modelo é o ensino de uma segunda língua guiado por diferentes programas, de acordo com seus objetivos. Sobretudo se caracterizam por ser um sistema de educação escolar que pode proporcionar o ensino da língua estrangeira simultânea ou consecutivamente, por meio de aulas que são planejadas e ministradas em duas línguas.

No entanto, a aprendizagem de uma segunda língua nem sempre foi vista como algo positivo. No início do século XX, alguns estudos costumavam fazer associações negativas a respeito da relação entre bilinguismo e cognição. As pesquisas mais antigas sugeriam uma “confusão mental” nos bilíngues, tratando-os com inferioridade, alguns educadores enxergavam a aprendizagem de uma segunda língua como prejudicial para o desenvolvimento mental

da criança. Todavia, eram estudos muito simplistas pautados no fato de que nos Estados Unidos havia a presença de muitos imigrantes europeus, identificada a dificuldade dos imigrantes com a língua inglesa, logo se concluía que isso se dava pela sua “menor” inteligência.

Desenvolvimento cognitivo de crianças na primeira infância

Apesar de, o bilinguismo ter sido apontado como uma experiência negativa para as crianças durante muito tempo, hoje se sabe que, ao contrário, ele apresenta benefícios que vão muito além das habilidades verbais, como por exemplo, melhor desempenho cognitivo.
Dessa forma, surgem alguns questionamentos, visto que esse novo modelo de educação tem crescido muito nos últimos anos, quais seriam os efeitos no desenvolvimento cognitivo da criança durante a aquisição de uma segunda língua?

Nesse sentido, a presente pesquisa se propõe a investigar os efeitos do bilinguismo no desenvolvimento cognitivo da criança na primeira infância. Pautados nessa proposta buscamos: a) conceituar o indivíduo bilíngue; b) relacionar bilinguismo e cognição, para melhor compreender esse processo cognitivo envolvido na aquisição de uma segunda língua em uma determinada fase; c) identificar quais funções cerebrais são desenvolvidas nesse processo.

Diante dessas implicações, realizamos um estudo da literatura na área pesquisada, no intuito de provocar algumas reflexões sobre os efeitos do bilinguismo na cognição e a imp ortância de se estudar uma segunda língua na primeira infância. Buscamos demarcar algumas das especificidades do desenvolvimento cognitivo da criança em contexto bilíngue, elencando argumentos a favor da educação nesse cenário e corroborando com a desmistificação de alguns dos aspectos negativos associados ao bilinguismo.

Conclusão

A metodologia utilizada para o desenvolvimento dessa pesquisa se configura em um estudo qualitativo de cunho bibliográfico, pois busca analisar a correlação entre o tema bilinguismo e os aspectos cognitivos na primeira infância, em particular sobre as principais funções cerebrais envolvidas nesse processo.

De acordo com Lakatos e Marconi:

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc. […]. Dessa forma, a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras. (2010, p.166)
Nesse sentido, essa pesquisa de revisão bibliográfica, encontra-se fundamentada teoricamente a partir das contribuições de livros, artigos, documentos, pesquisas e revistas.

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