Geossintéticos são produtos nos quais ao menos um de seus componentes é produzido a partir de um polímero sintético ou natural, sob forma de manta, tira ou estrutura tridimensional e são utilizados em contato com o solo ou outros materiais (ABNT NBR ISO 10318-1, 2018, p. 2). Esses produtos podem ser utilizados em uma grande variedade de problemas geotécnicos, tais como reforço, estabilização de solos, drenagem e filtração, barreiras para fluidos e gases, controle de erosão, barreira de sedimentos, proteção ambiental etc. (PALMEIRA, 2018, p. 3).
Os geossintéticos podem ser fabricados por uma variedade de materiais de poliméricos sintéticos, especialmente fabricados para serem utilizados em aplicações de engenharia geotécnica, ambiental, hidráulica e de transporte. Todavia, nenhum produto geossintético é feito 100% de resina polimérica. A resina polimérica primária é misturada ou formulada com aditivos para uma variedade de finalidades. A quantidade total de cada aditivo em uma dada formulação varia amplamente. Os aditivos funcionam como contra radiação ultravioleta, antioxidantes, estabilizadores térmicos, dentre outros (GREENWOOD; SCHROEDER; VOSKAMP, 2012, p. 15).
A utilização de geossintéticos tem se tornado cada vez mais frequente em obras de engenharia, isso é devido à variedade de produtos e à gama de aplicações a que se destinam. Em muitos casos, têm demonstrado serem soluções mais eficazes, em relação a soluções mais tradicionais, considerando os custos, o tempo de execução e o equipamento necessário (NEVES, LUCIANA PAIVA DAS Geossintéticos e Geossistemas em Engenharia Costeira. Dissertação de Mestrado em Engenharia do Ambiente, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Porto, 2003).
A maior limitação no uso de geossintéticos está relacionada à sua durabilidade. Essa durabilidade pode ser entendida como sua capacidade de manter propriedades funcionais que atendem aos requisitos da aplicação durante a vida útil exigida pelo projeto (GUIMARÃES, 2016). A capacidade de um material para resistir de forma conveniente à severidade do ambiente em que é colocado, e é um fator essencial no que que diz respeito à vida do projeto e aos custos iniciais e de manutenção (NEVES, 2003). Assim, é importante avaliar a resistência dos materiais aos vários agentes de degradação. Os estudos existentes sobre a durabilidade dos geossintéticos são, ainda hoje, relativamente escassos. No entanto, o número de estudos nesta área tem aumentado significativamente nos últimos anos (CARNEIRO, 2009).