Não há como negar que a II Guerra Mundial foi um conflito bélico diferente de todos os que haviam ocorrido anteriormente. A Segunda Grande Guerra mostrou o porte da fragilidade do equilíbrio que sustentava a relação de interesses das grandes potências do Século XX.
Além disso, a guerra expôs a nova dimensão de um conflito sustentado pelas novas possibilidades tecnológicas que se descortinavam. A humanidade mostrou, durante o conflito, a sua pior face. A capacidade de autodestruição e a insensibilidade diante da tragédia humana, de parte a parte, marcaram a humanidade de modo definitivo.
Quanto ao Brasil, o país não compunha efetivamente o contexto da guerra em seu início. No entanto, após o ataque japonês no arquipélago havaiano a posição brasileira pendeu da neutralidade ao apoio aos norte-americanos. Com o abandono da posição neutra o país passou a sofrer ataques e o apelo popular por uma resposta aos agravos germânicos colocou o Brasil no cenário do conflito.
Com a decisão de que o Brasil iria entrar em guerra foi necessário, rapidamente, organizar a Força que entraria em combate. O General Mascarenhas de Moraes foi escolhido comandante da FEB e deparou-se, de pronto com a primeira árdua missão de mobilizar, organizar e equipar o efetivo de aproximadamente vinte e cinco mil homens que iriam compor a tropa brasileira na Itália.
Em contrapartida, como é natural diante de grandes tragédias, os homens também mostraram que a coragem, a determinação, os sentimentos de desprendimento, a nobreza de propósitos e a capacidade de reconstrução da raça humana são bem maiores do que se poderia imaginar. É nessa perspectiva que se encaixa Max Wolf Filho, herói de guerra que perdeu a vida durante uma patrulha em Montese.
O mundo jamais seria o mesmo depois da Segunda Guerra Mundial.
Neste cenário, de conflito entre grandes potências, se deu a participação na guerra de uma tropa composta por latino-americanos. A distância política e geográfica que separava o Brasil dos anos 40 do conflito era tão grande que não havia como imaginar-se que brasileiros iriam combater o Exército Nazista no Velho Continente. Os fatos convergiram neste sentido e a Força Expedicionária Brasileira (FEB) se fez realidade, mesmo diante das dificuldades e a da improbabilidade da participação no conflito.