Os valores éticos e morais sempre regeram todas as sociedades, mas atualmente a imoralidade e a antiética dominam o cenário social, representado pelo aumento da corrupção, da criminalidade e dos preconceitos em todo o mundo. Deste modo, é fundamental para que as sociedades possam diminuir esse problema, crianças aprendam desde cedo esses valores, principalmente pelos seus pais.
Em um exemplo, vemos em “Pequenos delitos e outras crônicas”, uma obra de Walcyr Carrasco, uma mãe que realiza atos antiéticos ao lado do seu filho, como enganar, sendo que ele, por ser amoral, seguirá os atos de sua mãe, tornando-se no futuro uma ação moral para ele, que compartilhará suas atitudes com o meio em que vive, tendendo a sociedade a cada vez mais fazer o que é errado.
Nota-se o papel que a família exerce ao educar o que é certo e o que não é, ensinando aos filhos a fazer o que é ético, mesmo que acabe sendo imoral, pois segundo Immanuel Kant em seu livro “Lições de ética”, esta deve ser feita pensando sempre no bem-estar da sociedade como um todo, não somente favorecendo um grupo seleto ou um indivíduo, tornando-se necessário a mudança primeiramente do comportamento ético para a transformação das ações morais.
É preciso tomar cuidado também ao diferenciar o imoral do antiético, já que o imoral é o que não segue as regras de um determinado grupo e o antiético é ato prejudicial a toda sociedade. É visto que em povos orientais há hábito de comer animais exóticos, como insetos e até cachorros, o que seria algo imoral para os povos ocidentais, podendo acarretar em preconceitos e xenofobia, mas não afetaria a sociedade, sendo que são atitudes da cultura deles, firmado nas raízes de seu povo.
Dado exposto, é essencial que as famílias deem exemplo aos seus filhos de ações éticas em detrimento a imoralidade, para que no futuro seja formada uma sociedade altruísta e que saiba respeitar as diferenças morais de outros grupos, contanto que eles não ultrapassem a barreira do antiético.