A dor é definida de várias maneiras e uma delas são como uma experiência sensorial e emocional desagradável e descrita em termos de lesões teciduais reais ou potenciais. A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo tem sua representação e utiliza este termo a partir de suas experiências. A dor aguda ou crônica, de um modo geral, leva o indivíduo a manifestar sintomas como alterações nos padrões de sono, manifestações de irritabilidade, alterações de energia, diminuição da capacidade de concentração, apetite e libido, restrições na capacidade para as atividades físicas e familiares, profissionais e sociais. Nos indivíduos com dor crônica, a duração da dor prolonga a existência desses sintomas, podendo exacerbá-los (MERSKEY; BOGDUK; 1994).
Então, de acordo com Maciel; Jennings; Jones; e Natour (2009) a dor lombar inespecífica não foge do que foi citado em cima, e é considerada um dos principais problemas de saúde nos países industrializados, e a etiologia da dor lombar é difícil de ser identificada pelo fato de se manifestar sob várias condições afirma Polito, et al. (2003) e apresenta muitas vezes um caráter multifatorial diz Jones, et al (2007). Silva (2006) reafirma Jones, et al (2007) que a dor lombar costuma ser classificada como uma dor somática (sentida na superfície), contudo, geralmente não tem seu local de sensibilidade precisamente definido. Dessa forma, esta dor pode ser facilmente confundida com a dor visceral, que é profunda, acarretando em erros diagnósticos por parte dos médicos especialistas. Dentre outras causas, as dores na lombar apresentam associação com o estilo de vida do indivíduo, no qual o excesso de peso, o sedentarismo e a permanência prolongada em determinadas posições se apresentam como fatores desencadeantes do problema explica Balagué, et al. (1999); Hestbaek, et al. (2008); Sato, et al. (2008); Graup, et al. (2010).
Exercícios físicos como uma saída
E de acordo que foi dissertado acima o exercício físico promove saúde para as pessoas, por atuar na melhoria da aptidão cardiorrespiratória, da composição corporal, do bem‐estar psicossocial, na neuromodulação da dor, entre outros (KELLEY, 2013). No qual pode ser considerada o melhor negócio em saúde pública, em virtude da economia direta que poderíamos alcançar com o combate a dor e ao sedentarismo (NAHAS, 2001). Numerosos estudos afirmam que o exercício físico tem demonstrado que os indivíduos menos ativos possuem um maior risco para uma variedade de doenças crónicas e mortalidade por todas as causas (HASKELL et al., 2009; BLAIR et al., 2004). Então é entendido que pacientes com dor crônica lombar devem continuar com seus exercícios físicos regularmente (HENCHOZ; KAI-LIK, 2008).
Na avaliação da dor, até o presente momento, não existem exames laboratoriais ou testes objetivos, dependendo-se, em grande parte do relato do paciente (subjetivo). Como instrumento de avaliação, dispõe-se da escala visual analógica (EVA), que avalia somente o componente de intensidade da dor e não outros aspectos, como o mal-estar gerado pela dor ou o seu impacto na qualidade de vida. Tratamentos medicamentosos, baseados no emprego de antidepressivos, anticonvulsivantes e opióides são citados na literatura (PIMENTA et al, 1999;
PAIVA et al, 2006). Além disso, medidas não farmacológicas como a fisioterapia, a terapia ocupacional, terapias complementares (relaxamento, meditação, hipnose, massagem, quiropraxia, estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS)) e exercícios parecem ser coadjuvantes no tratamento dos pacientes (SAMPAIO et al, 2005). Destaca-se o fato que uma maior atividade física reduz os níveis de dor, independentemente se disfunção articular significativa (KUPHAL, 2007; LIMA, 2007).
Com poucos estudos, mas mostrando eficácia nos resultados o teste de Conditioned Pain Modulation (CPM ativo) vem mostrando esse mecanismo central da modulação da dor que é denominado analgésico e endógena. Os circuitos endógenos de modulação da dor que possui a capacidade de aumentar ou diminuir a magnitude percebida de estímulos nocivos aferentes. Os são predominantemente sondados em humanos, usando o paradigma psicofísico da modulação condicionada (CPM). Esse fenômeno tem sido descrito usando vários termos, incluindo controle difuso inibitório nocivos contra irritação e contra estimulação nociva heterotópica. Para padronizar a terminologia, os especialistas recomendam usando controles inibitórios nocivos difusos para descreverem a inibição mediada pelo tronco cerebral inferior mecanismo diretamente observado em estudos com animais, e CPM para retratar o correlato comportamental humano. (YARNITSKY et al, 2010).