A Comissão Interamericana de Direitos, que tem como sua icônica, louvável e fundamental premissa de assegurar a cada indivíduo mereça ser tratado com dignidade, pois direitos humanos são universais. A passo que nações ou grupos restritos se beneficiam de direitos específicos, que se aplicam somente a eles, os direitos humanos são merecidos por todos, não importando quem sejam ou onde residem, são direitos por simplesmente estarem vivos.
Desse pressuposto, observamos que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, deveria ter assegurado a liberdade de atuar independentemente de “convites formais” de países ou nações, haja vista tão nobre sua missão.
Analisemos dentre tantos desrespeitos à dignidade da pessoa humana, os casos de famílias inteiras de miseráveis, sem o mínimo para serem chamados de “pobres” como no interior do nordeste e de tantas outras regiões. Pessoas sem qualquer resquício de “dignidade humana”, onde crianças tem que revirar lixo para encontrar restos de alimento, que na maioria das vezes é a sua única refeição diária.
Tomemos como exemplo o caso ocorrido na cidade de Parnaíba-PI, onde crianças e adultos disputavam restos de alimentos com urubus , ou como o caso de moradores de Paripuera-AL que da mesma forma, sem qualquer resquícios de dignidade, disputam entre animais necrófagos e vermes de toda espécie, seus alimentos . Isso só comentando esses dois casos da situação de extrema miséria de milhões de brasileiros. Não esmiuçando as explicitas violações aos direitos humanos das mulheres negras e das juventudes pobres das periferias. Sem mencionar os casos de imigrantes foragidos da ditadura Venezuelana; sem comentar o caso de extermínios de camponeses que, as vezes, é até pela mão do estado. Isso é uma constante no dia a dia de brasileiros humanos. Nessa concepção a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, deveria ser dotada de total liberdade de agir, condenar e punir nações/governantes, omissos, displicentes e criminosos, em toda sua designada abrangência.