O treinamento de força é definido como um treinamento que o sujeito realiza uma força contrária a uma resistência (carga),sendo ela superior, igual ou inferior a resistência, permintindo que aconteça as ações musculares, concêntrica, excêntrica e isométrica. Usando matérias como máquinas, halteres, anilhas, barras etc, para aumentar o ganho de força e a partir daí diminuir o percetual de gordura e consequentemente aumentando o percentual de massa muscular (BERMUDES et al., 2004; FORJAZ et al., 2003).
De acordo com os estudos de Simão et al., (2005); Rezk et al., (2006); Brito et al., (2014), uma única sessão de treinamento de força pode proporcionar importantes benefícios ao sistema cardiovascular. Isso acontece, principalmente, devido á redução dos níveis pressóricos durante o período pós-exercício, em relação aos valores observados no período de repouso, pré-exercício. Esse efeito hipotensor, no momento da realização e pós-exercício, também pode ser chamado de hipotensão aguda. Dessa forma estaremos tratando dos resultados obtidos durante e logo após a sessão de treino, dos níveis alcançados pós-exercício.
A prescrição do treinamento força inclui a administração de alguns elementos que, aparentemente, podem interferir na resposta pressórica pós-exercício. Alguns desses elementos são a intensidade do treino, o volume de trabalho, o método de treino adotado, o intervalo de recuperação entre séries, e a escolha dos exercícios.
Em relação à intensidade, Rezk et al. (2006) compararam exercícios resistidos a 40 e 80% de 1RM, foram observadas relevante diminuição na Pressão Arterial Sistólica nas duas intensidades e na Pressão Arterial Diastólica apenas na intensidade mais baixa após 90 min de repouso pós-sessão. Polito e Farinatti (2003) compararam diferentes intensidades com o mesmo volume de trabalho. A população do estudo foram 16 jovens, que fizeram na primeira sessão três séries de 6RM em seis exercícios e na segunda sessão três séries de 12 repetições com carga de 50% de 6RM. Foi observada considerável diminuição na Pressão Arterial Sistólica nas duas sessões, acontecendo maior duração do efeito hipotensivo na sessão de maior intensidade.
No que diz respeito ao intervalo de recuperação entre as séries, No objetivo de analisar se essa variável desempenha alguma influência na resposta pressórica pós-exercício, Souto Maior et al. (2007) fizeram um estudo com 15 homens normotensos com experiência em treinamento de força em dois momentos. No primeiro, foram realizados seis exercícios com três séries de dez repetições a 70% da carga de 5RM seguindo o intervalo de 1 minuto entre séries e exercícios. No momento seguinte, fizeram o mesmo protocolo com intervalo de 2 minutos. Foi observada redução na Pressão Arterial Sistólica e Pressão Arterial Diastólica em correlação ao repouso, porém, sem diferenciação entre os intervalos de recuperação usados.
Já em outro estudo, Simão et al. (2005), a população estudada foram 14 homens jovens que foram divididos em dois grupos.
O grupo 1 realizou, no primeiro dia, cinco exercícios para membros inferiores e superiores com três séries de 6RM cada, utilizou-se o método de treinamento tradicional. No segundo dia, foram realizados os mesmos exercícios com três séries de 12 repetições com carga diminuída a 50% de 6RM, utilizou-se o método circuito. Os voluntários do grupo 2 fizeram um exercício a mais que o grupo 1 no primeiro dia e não aplicaram o método em circuito no segundo dia, que foi feito apenas o método tradicional. O primeiro grupo apresentou diminuição sistólica considerável nos dois dias ao longo de até 50 minutos, sem diferença entre o método circuito e o tradicional. O segundo grupo, que treinou um exercício a mais, apresentou baixa significativa da Pressão Arterial Sistólica de até 60 minutos após a sessão com 6RM e de até 40 minutos após a sessão de 50% de 6RM