É válido ressaltar que na endodontia, é necessário que se tenha um grande cuidado quanto à limpeza dos instrumentais endodônticos, os mesmos devido sua forma, facilitam a destituição dos microrganismos em sua parte ativa e de maneira consequente acabam comprometendo totalmente a efetivação do procedimento de esterilização (PAGLIARIN et al., 2007). Desse modo tais medidas devem ser adotadas, pois a presença de tecidos mortos, bactérias e diversos tipos de sujidades, podem acarretar infecções, dificultando a limpeza dos condutos, e adequado vedamento apical. (SOUZA e SILVA, 2001).
Nessa perspectiva os profissionais devem seguir as precauções universais: uso dos equipamentos de proteção individual, lavagem das mãos antes e depois dos procedimentos; estar atento aos equipamentos utilizados durante os procedimentos; administração dos protocolos no ambiente ( limpeza e manejo dos resíduos) de forma cautelosa; descarte correto dos materiais perfuro-cortantes, como também a acomodação do paciente(de acordo com a fonte de transmissão de infecção) (SILVA, 2012).
Além disso é importante manter o campo operatório seco, limpo, sendo assim faz-se necessário o uso do isolamento absoluto, o mesmo é muito usado no tratamento de canais radiculares, visto que evitam os riscos de infecção cruzada, preservam a cadeia asséptica, e proporcionam proteção ao paciente, referindo-se a aspiração e evitando a deglutição de materiais e instrumentos que podem comprometer a saúde do paciente (DAMASCENO et al., 2003).
Ademais é imprescindível que todos os materiais e instrumentos que contém cantos, bordas, pontos ou superfícies rígidas e agudas que são cortantes e perfurantes como (agulhas, ampolas de vidro, brocas, ponta diamantadas, limas endodônticas) sejam rigorosamente acondicionados em reservatórios rígidos tampados e vedados, estanques à ruptura como também punctura. (2006)
Portanto os cuidados com os métodos de limpeza e esterilização devem ser tomados, devido à ineficácia dos procedimentos dos mesmos, uma vez que o uso de limas endodônticas devem ser únicos, para que não ocorra infecção dos pacientes, tendo em vista que mesmo após o processo de esterilização as mesmas ainda continuam contaminadas (MORRISON e CONROD, 2010). Dessa forma o não uso correto dessas medidas de proteção, demonstra negligência, falta de conhecimento e experiência dos profissionais. (2010).