Introdução
O presente trabalho tem como tema norteador a avaliação, seu significado e objetivos. De acordo com Chueiri, 2008, a avaliação se faz presente em todos os domínios das atividades humanas, ou seja, julgar faz parte do nosso cotidiano. No contexto escolar a avaliação deve ser organizada e sistematizada, pois se realiza segundo objetivos escolares implícitos e explícitos, assim irá refletir valores e norma sociais. Segundo Villas-Boas (1998, p. 21. apud), as práticas avaliativas podem, pois, servir à manutenção ou à transformação social. Então a avaliação não acontece de forma isolada no trabalho pedagógico, ela o inicia, acontece em todo o processo e o finaliza.
Avaliar significa determinar o valor de, compreender, apreciar, presar, conhecer o valor de (Aurélio). Sendo assim uma ação inerente à existência, visto que para tomarmos decisões, cotidianamente, precisamos compreender a situação em torno de nós. Na esfera educacional existem vários autores que discorrem sobre esse assunto. E de acordo com Caldeira, 2000, a avaliação não é um fim em si mesma, ela está alicerçada em uma proposta de ensino.
A avaliação não é um meio e não é um fim em si mesma: está delimitada por uma determinada teoria e por uma determinada prática pedagógica. Ela não ocorre num vazio conceitual, mas está dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, consequentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prática pedagógica.
Este trabalho tem como objetivo a reflexão entorno das práticas avaliativas no cotidiano escolar atual. A interação professor-aluno durante o processo visto que são os personagens principais e como se dá as concepções de tais práticas no sistema educacional vigente.
Segundo Moreto, 2008, a finalidade do ensino e da avaliação da aprendizagem é criar condições para o desenvolvimento de competências do aluno, dando, assim, sentido a esse processo. A partir daí a avaliação deve sair do estado de mera obrigação para o de essencial ao fazer pedagógico, norteando todo o processo, direcionando professores e alunos numa esfera interna e os governos no âmbito nacional com suas avaliações externas. Deveria ser uma espécie de termômetro de políticas públicas e consequentemente investimentos e melhorias.
Na esfera educacional Libâneo vê a valiação como
Uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos alunos. Os dados coletados no decurso do processo de ensino, quantitativos ou qualitativos, são interpretados em relação a um padrão de desempenho e expressos em juízos de valor (muito bom, bom, satisfatório, etc.) acerca do aproveitamento escolar.
Portanto, direciona o trabalho pedagógico permitindo ajustes ou reconstrução. Pois em sua essência a avaliação não deve ter caráter punitivo, mas reflexivo sobre a prática pedagógica. No cotidiano avaliar se restringe a números, quantidades, esquecemo-nos dos aspectos qualitativos, subjetivos e individuais inerentes ao ser humano. Fazemos uma avaliação genérica, superficial, restrita a conteúdos sem levarmos em conta ao ritmo, habilidades e aptidões dos envolvidos.
Desenvolvimento
Podemos dividir a avaliação em três modalidades, são elas: diagnóstica, formativa e somativa. Para Kraemer, 2006, a avaliação diagnóstica é baseada em averiguar a aprendizagem dos conteúdos propostos e os conteúdos anteriores que servem como base para criar um diagnóstico das dificuldades futuras, permitindo então resolver situações presentes. Já a avaliação formativa indica o que deve ser feito para tornar a avaliação verdadeiramente útil em situação pedagógica caracterizada por um processo interpretação-intervenção sobre o desenvolvimento do ensino-aprendizagem com a finalidade de garanti-lo, aprimorá-lo e direcioná-lo, Silva Hoffman. Para Perrenoud, a avaliação é formativa quando auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, que colabora para a regulação das aprendizagens e desenvolvimento no sentido de um projeto educativo. Gil descreve a avaliação somativa como
Uma avaliação pontual, que geralmente ocorre no final do curso, de uma disciplina, ou de uma unidade de ensino, visando determinar o alcance dos objetivos previamente estabelecidos. Visa elaborar um balanço somatório de uma ou várias seqüências de um trabalho de formação e pode ser realizada num processo cumulativo, quando esse balanço final leva em consideração vários balanços parciais. ( GIL, 2006,p. 248).
Com isso observamos que que o processo de ensino é fomentado com base nas avaliação, sejam no início para planejar os conteúdos de acordo com a realidade do aluno, durante o processo de ensino, pois verifica aonde precisam fazer ajustes ou no final se a tomada de decisão foi importante para um melhor aproveitamento dos alunos.
Conclusão
Diante do exposto, concluiu-se que a interação existente entre professor e aluno, é um dos componentes mais importantes para o sucesso do ensino-aprendizagem. Sem que haja uma convivência positiva entre estes dois sujeitos não há aprendizagem de qualidade.
O supervisor enquanto agente formador e gerenciador dos processos de aprendizagem dentro da escola, torna-se o responsável por cuidar para que no cotidiano da instituição, as manifestações de interação colaborem para o alcance dos objetivos educacionais, cabendo a ele, inclusive, mediar as relações entre professores e alunos, que nem sempresão satisfatórias.
Dessa forma constatou-se que o supervisor escolar, em seu trabalho de líder e articulador deve interpretar e analisar os conflitos e tensões do universo escolar, mas preocupando-se sobremaneira, com as relações estabelecidas entre professor e aluno, já que estas interferem substancialmente no processo ensino-aprendizagem, alvo do trabalho pedagógico.
Nesse ínterim, cabe ao supervisor escolar zelar para o bom convívio entre professor e aluno, se interpondo entre possíveis conflitos entre ambos, e principalmente criando estratégias que propiciem ao professor compreender e se conscientizar do importante papel das relações para o processo de construção da aprendizagem, de modo que estabeleçam com os alunos uma relação empática de com vistas a otimizar os resultados educacionais.
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/formacao-continuada-processo-desenvolvimento-profissional.htm