Diferente do que é defendido na modernidade, o sujeito pós-moderno não possui uma identidade fixa, ela é construída, moldada e modificada a partir do contexto em que é criada. De acordo com Hall (2000) o sujeito pós-moderno não é definido biologicamente, mas historicamente, através de relações sociais e interações culturais. Em um mundo globalizado, onde os limites físicos não existem e as relações são construídas por ambientes virtualizados, é nele que as identidades se formam. As mídias oferecem uma variedade de identificações e isso favorece a fragmentação do sujeito.
Considerando que o sujeito é construído a partir do momento histórico que está inserido, nota-se que o período atual é composto por excesso de informação, pessoas individualizadas, desejos materiais, incentivo ao consumo e uma necessidade, cada vez maior de reconhecimento através das redes sociais. Por exemplo, a rede social “tik tok”, dita o que está na moda e cria personalidades como os “tik toker’s” criadores de conteúdo e influenciadores. Um tempo marcado principalmente por rápidas mudanças, um novo “eu” nasce a todo instante para acompanhar esse ritmo acelerado.
A fragmentação do sujeito surge a partir das influências externas e cotidianas. As redes sociais vendem um estilo de vida e uma forma de ser que atraem o usuário e os moldam de acordo com sua vontade consumista. As mídias interativas atuam como um mercado de identidades, onde a partir de um clique, você pode assimilar uma nova forma de ser.
A lógica do consumo disseminada nas redes sociais incentiva o sujeito a pensar que para se tornar o que deseja, ele precisa possuir coisas, transformar seus corpos e moldar suas personalidades. Criando assim, pessoas incompletas, a procura de preenchimento. O indivíduo contemporâneo se encontra cada vez mais instável e perdido, confuso entre as múltiplas identidades que criou para si e pouco satisfeito com o que é, sempre pronto para modificar sua essência para acompanhar o que está em voga.