Entrada
De acordo com Padoim e Solda (2018) no mundo contemporâneo a Odontologia se apresenta com um grande arcabouço tecnológico. Quando se trata de prótese dentária, grandes mudanças têm ocorrido em função de um aumento na expectativa de vida da população, acarretando em uma necessidade de melhora nas condições bucais, refletindo em melhor qualidade de vida.
Quando o paciente procura uma reabilitação protética muitas vezes o cirurgião dentista atenta-se apenas em repor os dentes, sem levar em consideração todo sistema estomatognático que foi afetado pela perda de um ou mais elementos e, consequentemente, não restabelece a dimensão vertical oclusal (DVO), que continua prejudicada. (Aguiar, 2017 apud Barbosa, Arana, Bourreau, 2000)
Outro fato destacado em relação a prevalência das agenesias, segundo Capoani (2019) que os incisivos laterais são os mais frequentes componentes da maxila anterior acometidos por esta anomalia e não apresentam números relevantes que apontem evidências de que a sua prevalência seja maior no sexo masculino ou feminino. O autor também aponta em sua pesquisa que a agenesia bilateral dos incisivos laterais é mais comum que a unilateral.
Prótese
Para confecção de prótese fixa em região estética, várias particularidades, além das já citadas, devem ser levadas em consideração, como a reprodução das características intrínsecas e extrínsecas de forma, textura da dentição natural e cor, buscando assim, um resultado harmonioso. (Brunetto et al., 2019)
Uma etapa fundamental para previsibilidade do resultado final é o enceramento diagnóstico, pois com ele é possível observar formas, inclinações, evitando possíveis erros relacionados a estética e/ou função, além disso permite a confecção de mock up, provisórios e peças definitivas, tendo um planejamento sólido e consistente (Queiroz, 2017).
Para a realização de qualquer reabilitação protética é necessária uma boa moldagem, para tanto, há requisitos indispensáveis como a extensão do preparo, término cervical e coroas provisórias. A extensão do preparo deve ser condizente de acordo com as peculiaridades dos remanescentes, sendo minimamente invasiva respeitando o término cervical, obtendo uma boa adaptação da coroa e consequentemente uma boa estética. Quanto ao segundo requisito, o término cervical, é de suma importância para evitar inflamação gengival, com o contorno adequado facilitando a higienização. Por último as coroas provisórias preservando o preparo cervical, zênite gengival, papila, influenciando na estética e harmonia do sorriso. (Mesquita et. Аль., 2012 apud Pergoraro, 2002)
Materiais
No mercado há inúmeros opções de materiais de moldagem sendo mais utilizado os elastoméricos, tais como silicone polimerizada por adição, poliéter, polissulfeto ou mercaptana, silicone polimerizado por condensação. A escolha do material fica a critério do cirurgião dentista desde que as instruções do fabricante sejam respeitadas. Dentre os materiais já citados, o silicone polimerizado por adição possui melhor estabilidade dimensional em relação aos outros materiais, além disso permite tempo de vazamento de até uma semana, confecção de vários modelos com o mesmo molde sem distorção, tendo maior riqueza de detalhes por ser moldagem de dois passos, em contrapartida não permite vazamento imediato do gesso pois libera gás hidrogênio, custo do material. (Мескита и др., 2012 апуд Меццомо et.al, 2006 г.)