Outro aoutro importante quando se trata de concepção de linguagem, na década de 1950, critica o estruturalismo por esse não abranger questões referentes à criatividade da linguagem. Daí é que surge o termo gerativismo, porque possibilita que com um número finito de categorias e de regras (Competência), o locutor-ouvinte de uma língua possa gerar e interpretar um número infinito de frases dessa língua. Ao esboçar os conceitos de competência (conhecimento da língua, seus elementos constitutivos e suas regras) e de performance (o uso da língua em situações concretas), professor se aproxima do conceito saussuriano de língua e de fala, mas, substitui uma concepção estática da língua por uma concepção dinâmica.
Considerando as duas visões de linguagem , outro professor, argumenta que “os recortes e exclusões feitos por esses autores deixam de lado a situação real de uso (a fala, em um, e o desempenho, no outro) para ficar com o que é virtual e abstrato (a língua e a competência) ”. Assim, ressalta a autora, excluiu-se o sujeito de seu contexto social uma vez que não foi reconhecida as condições de confecção dos discursos.
Monológica
Aoutro e menciona que essa concepção de linguagem levou ao estudo da língua enquanto código, desconectado de sua utilização – na fala (cf. Saussure) ou no desempenho (cf. Chomsky). Essa visão linguística não considerou os participantes do enunciado e a situação de uso como decisivos para a construção das unidades e regras que constituem a língua. Dessa forma, afastou o indivíduo falante do processo de produção, do que é social e histórico na língua. Assim, essa é uma visão considerada monológica, que estuda a língua do ponto de vista formal, ou seja, que limita o estudo ao funcionamento interno da língua.
De língua uma terceira concepção
Contrapondo às concepções de linguagem como expressão do pensamento, bem como instrumento de comunicação, emerge no cenário de ensino de língua uma terceira concepção – a linguagem como um processo de interação. É nessa fase, nos anos 80, que surgem mais estudos linguísticos teóricos e aplicados chegando às escolas e interferindo no ensino de Português, sobretudo, “com as vertentes da Sociolinguística, Psicolinguística, Linguística Textual, Pragmática e Análise do Discurso. Consequência da introdução das ciências linguísticas nos cursos de Letras, a partir da década de 60”
А versão anterior do autor “nessa concepção, o que o indivíduo faz ao usar a língua não é tão somente traduzir e exteriorizar um pensamento (1ª concepção) ou transmitir informações a outrem (2º concepção), mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o interlocutor (ouvinte/leitor)”. Pode-se dizer que nesse enfoque, a concepção interacionista da linguagem contrapõe-se às visões de língua, que a tem como um objeto autônomo. Nessa perspectiva, ao contrário das concepções anteriores, esta terceira concepção situa a linguagem como um lugar de interação humana, como o lugar de constituição de relações sociais, mediada pela produção de efeitos de sentido entre interlocutores, em uma dada situação e em um contexto sócio histórico e ideológico, sendo que os interlocutores são sujeitos que ocupam lugares sociais.