RESUMO:
Este artigo demonstra uma perspectiva a respeito da importância da dança na educação básica e seus benefícios a saúde. Seu objetivo geral foi compreender a importância da dança na educação básica. Os específicos foram averiguar a importância da dança e seus diversos benefícios a saúde. Para tanto, fez-se uso de uma metodologia bibliográfica e descritiva, com uma consulta a trabalhos via internet, artigos que já se reportaram ao tema. Em seu decorrer serão vistas considerações relevantes sobre a importância da dança, seus materiais e métodos, resultados e discussão e termos de adiantamentos conclusivos.
1. INTRODUÇÃO
A dança é uma arte considerada a mais completa sobre expressão corporal, pois envolve elementos artísticos como teatro, música, escultura e a pintura, sendo capaz de expressar tanto fortes emoções quanto as mais simples. Ela também pode ser considerada como uma atividade física podendo ser praticada diariamente, o qual segundo Ferreira (1986), atividade física é toda e qualquer atividade praticada regularmente com orientação e preferencialmente acompanhamento profissional, é um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde.
A contribuição do processo educacional com a dança, não se resume apenas em aquisição de habilidades, mas sim, ajuda no aprimoramento das habilidades básicas, dos padrões fundamentais do movimento, no desenvolvimento das potencialidades humanas e sua relação com o mundo e a saúde. Por isso sua prática pedagógica tem grande importância para o favorecimento da criatividade, além de favorecer no processo de construção de conhecimento. Nesta perspectiva, PEREIRA coloca que:(…)“a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, movimentos livres (…). Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/ para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade”.
No contexto escolar a dança pode ser uma forma muito construtiva de experiência lúdica, pois está ao alcance de todos, uma vez que seu instrumento
principal é o corpo. Sem a intenção de formar bailarinos, a escola pode proporcionar ao aluno um contato mais efetivo e intimista com a possibilidade de
se expressar criativamente com o movimento.
A atuação do professor principalmente nas séries iniciais deverá ser planejada e coerente. Conforme Gallahue e Ozmun a escola, muitas vezes, é o espaço onde, pela primeira vez, as crianças vivem situações de grupo e não são mais os centros das atenções, sendo que as experiências vividas nesta fase darão base para um desenvolvimento saudável durante o resto de sua vida.
Por isso está grande arte foi relacionada à Educação Física e tornou-se uma importante disciplina ao longo dos tempos, que por consequência passou a fazer parte dos currículos das licenciaturas do curso em abrangência nacional. E em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases do Brasil instituiu o ensino obrigatório de Arte em território nacional “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” .
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Importância da dança
A dança sempre teve uma presença e importância na vida do homem, desde os rituais dos povos primitivos até nós dias atuais. Ela tem uma grande contribuição no desenvolvimento cognitivo do ser humano, trazendo uma carga de sociabilidade e relacionamento enquanto pessoa no meio, tornando-se uma importante ferramenta aplicada na educação.
Ao longo do tempo, ela pode ir se desenvolvendo ou também pode perder sua desenvoltura seja ela por vergonha, repressão ou até mesmo por falta de estímulo da família ou de um profissional no ambiente escolar.
O uso da dança como prática pedagógica favorece a criatividade, o processo de construção de conhecimento e o bem estar. Tendo assim a finalidade em despertar o interesse dos alunos e professores para as aulas de dança e sua importância no contexto escolar, além de servir como instrumento de socialização, para a formação de cidadãos críticos, participativos e responsáveis.
Alguns julgam que para ocorrer a aprendizagem, é preciso que o aluno esteja sempre sentado e quieto. “Privilegiar a mente e relegar o corpo pode levar a uma aprendizagem empobrecida. É preciso ver o homem como ser total e único que quer aprender de forma dinâmica, prazerosa, envolvente” .
Ou seja, a dança ela se torna importante na educação, onde representa uma atividade atrativa, prazerosa, ajudando a liberar movimentos, a linguagem corporal, a coordenação motora, o conhecimento do corpo e o mais prazeroso divertimento, tendo sempre o cuidado da musica escolhida para trabalhar e a imersão dos movimentos fundamentados.
2.2 Benefícios da dança
A dança em geral traz muitos benefícios para a saúde. Muitas vezes é usada como terapia e com o tempo é possível notar que os benefícios vão muito além do bem-estar físico.
Dançar é uma excelente forma de nos mantermos saudáveis, com ótimo condicionamento físico e nos divertirmos. Além disso aumenta a frequência cardíaca, ajudando o coração a bombear mais sangue para o corpo e para os músculos, estimula a memória, ajuda na autoestima, diminui a ansiedade e socialização, melhora a postura, a agilidade, a coordenação motora, o ritmo e a flexibilidade, ou seja, o importante é não temer a ela, pois ela trabalha valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano.
Vargas completa que a atividade da dança na escola engloba a sensibilização e conscientização dos alunos tanto para suas posturas, atitudes, gestos e ações cotidianas como para as necessidades de expressar, comunicar, criar, compartilhar e interatuar na sociedade.
A dança deixou de ser apenas um divertimento ou uma manifestação artística na educação básica, o qual sabe-se que hoje além de estimular e desenvolver competências positivas em crianças e adolescentes, ajudam também com os medos, os preconceitos, os tabus e aos poucos elas sentem mais confortáveis e confiantes em si mesmo.
3. Materiais e métodos
De acordo com abordagem metodológica, este artigo foi estabelecido sobre três tipos de atributos, a bibliográfica, qualitativa e descritiva. Nas palavras de autor é bibliográfica por se revelar que sua concepção foi realizada “a partir do registro disponível decorrentes de pesquisas anteriores, em decorrentes impressos”, caso de livros, artigos, monografia, teses e outros. Incluído a isso, autor explica:
A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas. Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar.
А abordagem qualitativa é quando pronunciam que esta modalidade de estudo tem como objetivo “os aspectos da realidade que não podem ser quantificados”.
Conforme à abordagem descritiva como terceira característica predominante neste artigo, esta estabeleceu de seus autores, segundo autor , uma busca específica “de informações sobre determinado objeto, demonstrando assim um campo de trabalho, esperando as manifestações do objeto”. E no ponto de vista de autor , ela “também é utilizada para a compreensão de diferentes comportamentos, transformações”, caso típico deste artigo dedicado a Importância da dança na educação básica e seus benefícios a saúde.
Perante os procedimentos metodológicos, foi utilizado o recurso à internet como ferramenta de coleta de dados. Portanto, para a aplicação da coleta de dados deste artigo foram proposto os estudos (livros, artigos, monografias e outros) que já se atribuíram ao tema.
4. Resultados e discussão
A dança relacionada a educação se torna um referencial para as questões que permeiam o aprendizado em nossos tempos, apresenta novos olhares para o ser humano, mostra o quanto ele pode criar, expressar, aprender, socializar e cooperar se educado também pela dança. Assim este artigo verifica como a dança contribui no processo de educação e formação da criança e adolescente de forma que ela passa a ter uma função educacional pedagógica.
O uso da dança na educação básica, na medida em que favorece a criatividade, pode trazer muitas contribuições ao processo de aprendizagem, se integrada com outras disciplinas. O trabalho com o corpo gera a consciência corporal. O aluno questiona-se e começa a compreender o que passa consigo e ao seu redor, torna-se mais espontâneo e expressa seus desejos de modo mais natural. De acordo com DELORS , o aprendizado da dança deve integrar o conhecimento intelectual e criatividade do aluno, desenvolvendo os pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser.
As propostas de Laban e Freinet sobre a Dança Educativa podem integrar-se numa proposta de ensino por contribuírem para o desenvolvimento do educando nos aspectos: aprendizagem, compromisso, cidadania, responsabilidade, interesse, senso-crítico, criatividade, desenvolvimento, socialização, comunicação, livre expressão, respeito.
Para Achcar (1998), a dança desenvolve estímulos como:
• tátil – sentir os movimentos e seus benefícios para o corpo;
• visual – ver os movimentos e transformá-los em atos;
• auditivo – ouvir a música e dominar o seu ritmo;
• afetivo – emoções e sentimentos transpostos na coreografia;
• cognitivo – raciocínio, ritmo, coordenação;
• motor – esquema corporal, coordenação motora associada ao equilíbrio e flexibilidade.
A Dança-Educação está surgindo como tendência que tem por objetivo propiciar as crianças vivências motoras, o qual as atividades a serem aplicadas devem ser naturais envolvendo o andar, correr, saltar, saltitar, equilibrar, rodopiar, girar, rolar, pendurar, puxar, empurrar, deslizar, rastejar, galopar e lançar. Com isso podemos observar que a dança possibilita desenvolver outras inteligências como:
• espacial: capacidade de formar um modelo mental preciso de uma situação espacial, em um sentido de direção;
• musical: aptidão para se expressar por meio dos sons, para organizá-los de maneira criativa;
• interpessoal: capacidade de se relacionar bem com as pessoas;
• intrapessoal: habilidade de estar bem consigo mesmo.
Para Rangel , a dança possui definições relacionadas a vários enfoques, envolvendo sempre o movimento, como: com os deuses, relação consigo, com os outros e com a natureza; transcendência; emoção, expressão, sentimentos; símbolos, linguagem e comunicação; interação entre aspectos fisiológicos, psicológicos, intelectuais, emocionais; tempo, espaço, ritmo; arte; educação.
Sobretudo de acordo com PICONEZ “os alunos aprendem pela prática”. Portanto, as atividades pedagógicas de dança não podem isolar os alunos em quatro paredes, antes disso deve estimular a criança e adolescentes a descobrir o seu potencial expressivo e criativo.
5. Conclusão
Deste modo concluímos que a dança como componente curricular não pretende formar bailarinos, antes disso, pretende oferecer ao aluno uma relação mais efetiva e intimista com a possibilidade de aprender e expressar-se criativamente através do movimento.
Estudiosos acreditam que a dança é tão importante para o crescimento humano quanto falar, cantar, brincar. Inclui uma riqueza de movimentos que envolvem corpo, espírito, mente e emoções, que enriquecem a aprendizagem ou seja “a dança nos irensina o falar o que não foi dito, a superar os individualismos e a reconhecer o outro como verdadeiro, digno de respeito.”
Devemos incluir a dança não apenas na teoria no planejamento, onde no papel fica bonito e pode ate dar certo aquela aula, mas é na prática que funciona,
em atividades que colaborem no desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio, flexibilidade, criatividade, musicalidade, socialização e o conhecimento
da dança em si.
As reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem nos permitem levar todos a repensarem a prática educativa. Entender hoje as escolas e observar as salas de aula como uma comunidade culturalmente constituída por meio da participação de diferentes sujeitos, que assumem diferentes papéis no processo ensino-aprendizagem.