1. Importância e Perspectiva do Futuro da Educação a Distância (EaD) nas Instituições de Ensino
Segundo Gomes (2013), na atualidade, quando se é referido o assunto “ensino a distância” (EaD), as instituições de ensino do Brasil “lidam com certo incômodo” em relação a essa questão e procuram apenas adaptar essa forma de ensino aos modelos tradicionais, ao invés de usá-la como forma de aprimoramento e incentivo às novas possibilidades. É possível que isso ocorra devido ao foco da pedagogia, nos dias atuais, estar no desafio da ampliação ao acesso e melhora das estatísticas. Aspectos que podem, na verdade, ser melhorados com aplicação do EaD; ou seja, o temor dos desafios pedagógicos poderia estar impedindo seu aprimoramento pela aquisição de novas tecnologias. Pensar a educação à distância como algo tratado como à parte nas instituições escolares e seu fornecimento como “apenas uma forma de abordagem, uma “modalidade”, um ramo de negócios ou apenas um modo flexível de acesso à universidade é algo inadmissível e improdutivo”.
E educação a distância, pode ser concebida não apenas como a aplicação de tecnologia no ensino, mas principalmente como um processo de democratização, popularização no Brasil, trazendo a maior oportunidade de acesso e a possibilidade de transpor as barreiras de distância e geográficas, com interiorização e ampliação de vagas (BORGES, 2015).
Para Cruz & Lima (2019), “as leis que regulamentam a educação EaD, na atualidade, ainda são frágeis em termos de regulação da qualidade, ausência de critérios consolidados para essa forma de educação, o que prejudica o seu desenvolvimento e incentiva pouca preocupação com essa ferramenta que ainda é muitas vezes ofertada de forma pouco produtiva. Por isso, “são necessárias atitudes de reformulação da regulamentação, informação e incentivo ao uso, de forma adequada, desse novo meio disponível de tecnologia no campo da educação para que seja usada em prol de uma melhor qualidade e acessibilidade de ensino”.
Analisando por outra perspectiva, Simpson (2013), refere que a educação a distância provavelmente terá dificuldades na disputa com o ensino presencial devido ao fato de o ensino a distância necessitar da motivação e auto-determinação dos alunos e pais, o que ainda não é obtido na maior parte das instituições que utilizam essa tecnologia, a não que haja afinco empenho em melhorar o suporte, que deveráser pró-ativo e motivador. O autor referencia desta forma tanto para aspectos funcionais educacionais como financeiros, já que a população ainda tem a perspectiva diferente dos dos profissionais de que o EaD não tem o mesmo desempenho do ensino presencial.
Desta forma percebemos que a Ead é um ótimo recurso se instituido com qualidade e apoio suficientes. E, desta forma, pode trazer significativos avanços com vantagens à educação mundial.
2. EAD para educação das crianças
De acordo Osório (1996), é papel da família a educação ética para o convívio harmonioso em sociedade, e a escola, cabe ensinar para formar um cidadão que possa competir frente as exigências do mundo.
Como sabemos, as crianças tem em sua família seu primeiro grupo social e o segundo na escola. Com a socialização de seus pares as crianças desenvolvem o aprendizado colaborativo além de vínculos afetivos e esses pontos precisam ser estudados para uma boa formação infantil.
Vale ressaltar que nesta pandemia, a educação infantil na modalidade EAD parece não atender as expectativas das crianças, já que a escola exerce um papel social importante na formação deles. Aqueles que tem acesso às aulas on-line sentem falta da professora, dos colegas, do ambiente escolar enfim, da rotina a qual estão acostumados. Embora haja uma preocupação dos educadores em relação ao conteúdo didatático oferecido e o quanto os alunos tem absorvido, sabe-se que o lúdico também faz parte do aprendizado e as escolas tem driblado a situação envolvendo o grupo por alguns minutos ou algumas vezes por semana, promovendo encontros virtuais entre professores e alunos, para além do ensino de matérias, propondo a prática de atividades físicas e lúdicas, dessa forma acreditam diminuir a ansiedade, para não dizer saudade que se instalou entre todos os envolvidos.
Devemos considerar que há no Brasil uma dificuldade adicional na utilização da EAD como forma de manter as aulas das crianças durante a pandemia. Estudos mostram que a quantidade de smartphones chega a ser maior que a quantidade de habitantes no país. Apesar da grande prevalência, para muitas famílias o smartphone é a única forma de acesso a conteúdo da internet, Sabemos da limitação que há para interação do aluno através de um smartphone. É uma ferramenta excelente para visualização de vídeos, ou leitura de pequenos textos, mas há por exemplo, uma enorme dificuldade para a edição de textos.
Como temos verificado, uma quantidade gigantesca de crianças tem sido impedida de prosseguir seus estudos pois não consegue acessar as plataformas. Este é mais um reflexo da enorme desigualdade social que vemos em nosso país. A pandemia expôs uma dificuldade que já conhecíamos na educação brasileira, agravada pela necessidade de paralisação das aulas presenciais.
3. Diferenças das ferramentas síncronas e assíncronas em EAD
3.1. O que são as ferramentas síncronas?
As ferramentas síncronas do EAD são aquelas em que é necessária a participação do aluno e professor no mesmo instante e no mesmo ambiente – nesse caso, virtual. Assim sendo, ambos devem se conectar no mesmo momento e interagir entre si de alguma forma para concluírem o objetivo da aula.
A interação não é requisito de conclusão, mas os professores sempre podem solicitar alguma colaboração dos alunos. Ainda, os estudantes também podem surgir com alguma dúvida e apresentá-las ao educador em tempo real.
O principal benefício desta modalidade é a praticidade para tirar dúvidas. Além disso, essa é uma garantia de que o aluno está comprometido com o curso. Ainda, nas aulas via EAD com ferramentas e plataformas síncronas, é necessário que o aluno esteja concentrado da mesma maneira que estaria em uma aula presencial. O que é uma grande vantagem para aumentar o engajamento dos estudantes.
3.2. O que são as ferramentas síncronas?
As ferramentas síncronas do EAD são aquelas em que é necessária a participação do aluno e professor no mesmo instante e no mesmo ambiente – nesse caso, virtual. Assim sendo, ambos devem se conectar no mesmo momento e interagir entre si de alguma forma para concluírem o objetivo da aula.
A interação não é requisito de conclusão, mas os professores sempre podem solicitar alguma colaboração dos alunos. Ainda, os estudantes também podem surgir com alguma dúvida e apresentá-las ao educador em tempo real.
O principal benefício desta modalidade é a praticidade para tirar dúvidas. Além disso, essa é uma garantia de que o aluno está comprometido com o curso. Ainda, nas aulas via EAD com ferramentas e plataformas síncronas, é necessário que o aluno esteja concentrado da mesma maneira que estaria em uma aula presencial. O que é uma grande vantagem para aumentar o engajamento dos estudantes.
3.3. Ensino a distância no mundo
O EAD está rapidamente se tornando um fenômeno majoritário na maioria dos países ao redor do mundo, como a recente pesquisa Free Online Courses, Recruitment and the University Brand, do instituto internacional ICEF, mostrou. A facilidade e conveniência que o modelo oferece apela para um público localizado em diferentes lugares, especialmente aquele que tenta balancear trabalho, família e outras obrigações com um curso universitário.
Alguns países melhoraram seus cursos online mais do que outros, liderando o setor não apenas em termos de número de programas, mas também na variedade deles, além de inovações nos métodos de aprendizagem, que dependem das melhorias nas redes de comunicação e nas conexões à Internet em distintos lugares do mundo (ML, 2018).
3.4. Exemplos de ferramentas síncronas:
3.4.1. Webconfererências
As Webconferências são exemplos claros de aulas EAD em ferramentas síncronas. Acontecem com horário marcado via transmissão online. Normalmente, o aluno tem acesso a um link ou portal em que assiste a aula no exato momento em que ela é transmitida. As webconferências podem ser feitas no formato de videoconferência, audioconferência ou teleconferência.
As webconferências são geralmente realizadas por meio de software, nela pode-se compartilhar documentos, apresentações e a tela do usuário de forma segura.
Videoconferências baseia-se essencialmente num circuito de televisão fechado, onde o sinal é transmitido via satélite. Por ser uma apresentação, conferência ou palestra o ministrante pode, ou não, incluir uma vertente de interatividade com os outros utilizadores do serviço por via áudio, fax ou Internet.Independente do formato escolhido, também há a possibilidade de gravar a aula para que ela seja assistida ou escutada novamente depois – de maneira assíncrona.
As audioconferências são interação entre os indivíduos ocorre através de um canal de áudio em que os participantes podem interagir por voz ou ouvir palestras, aulas entre outros