Аs principais dificuldades no cuidado da gastrostomia

Todos os anos diversas crianças são submetidas a uma gastrostomia (GTT), que compreende um tipo de estoma digestivo, ou seja, uma abertura cirúrgica no hipocôndrio esquerdo da parede abdominal, onde um orifício estabelece comunicação com o estômago, criando uma possibilidade alternativa e segura para alimentação enteral prolongada. Idealizado em 1837, este procedimento pode ser realizado de três diferentes maneiras e é indicado em casos de comprometimento do sistema neurológico em que o indivíduo não consiga se alimentar por via oral, em tratamentos de doenças malignas, benignas, inflamatórias e congênitas do trato gastrointestinal, além de deformidades anatômicas da caixa craniana ou da cavidade oral. Sua utilização mais comum na pediatria são as más formações congênitas. Não há um período estabelecido para a troca dos dispositivos da gastrostomia. Sua troca deve ser definida por um protocolo individual de cada instituição, no entanto, nota-se que uma grande parcela, do público infantil gastrostomizado, retorna em um tempo muito inferior aos preconizados, com complicações em seus dispositivos, o que denota uma dificuldade dos manejos recomendados na alta hospitalar.

Pensando nisso, o presente trabalho busca elencar os principais procedimentos e dificuldades no cuidado diário do paciente pediátrico com gastrostomia, buscando empoderar e aprimorar os cuidados por meio de uma cartilha educativa. Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram eleitos artigos disponibilizados na íntegra, nos idiomas português e inglês, publicados nos últimos cinco anos extraídos das bases de dados LILAC, SCIELO, MED LINE e CINAHL, com os descritores: gastrostomia, cuidadores, enfermagem pediátrica, cuidados de enfermagem. Os cuidados à criança com gastrostomia mais citados nos artigos são: a lavagem correta das mãos antes de manusear a sonda, cuidados na alimentação e administração de medicamentos, administração de água nos intervalos das dietas prescritas, cuidados no banho e na higiene diária e os cuidados com a pele.

As principais intercorrências, causadas por dificuldades nos cuidados, foram: obstrução da sonda, náusea e vômitos, diarréias ou constipações, sonda frouxa ou muito apertada, vazamento, sangramento pelo orifício, sonda envelhecida ou com vazamento, ruptura do balão, dermatite e granuloma periorificial, infecção da parede e o arrancar do dispositivo pelo paciente. Os resultados obtidos sugerem a necessidade da educação de quem cuida e de um material informativo de apoio, ao qual possam recorrer, para que haja melhor qualidade de vida dos pacientes, promoção de saúde, menor necessidade de intervenções, trocas precoces e o fortalecimento dos vínculos entre cuidador e paciente.

 

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