Em seguida, o trabalho de Carolina Assis Dias Vianna e Paula Baracat De Grande no capítulo A formação de professores, a universidade e a escola básica: conciliando interesses na elaboração de materiais didáticos, reflete sobre a produção de materiais didáticos e destacam que essa elaboração é algo um tanto quanto complexa, pois se faz numa interação discursiva múltipla. As autoras mostram com esta discussão que para elaborar os materiais didáticos não basta tomar um único caminho, apenas para atender aos professores, sua formação e atuação, mas também precisa alinhar-se com os editoriais, com as esferas acadêmicas e oficiais, para que de fato os livros didáticos posam ser aprovados e cheguem até a sala de aula. As autoras partem da ideia de que as contribuições acadêmicas em torno da elaboração do livro didático são imprescindíveis, mas é preciso ter em vista a complexidade discursiva do contexto a qual a produção deste material se insere.
No sexto capitulo, Estágio docência sob uma abordagem sociointeracionista da linguagem: relato de caso, Cleide Inês Wittke e Alessandra Baldo exibem os desfechos de um projeto de estágio organizado a partir de uma sequência didática, para a produção de tiras em quadrinhos, tendo em vista o ensino da língua inglesa numa perspectiva sociointeracionista, perspectiva esta, posta nos documentos oficiais (PCNs de língua estrangeira). Sob orientação das autoras deste capítulo, o projeto foi elaborado no curso de letras na disciplina de Estágio de Docência de uma universidade Federal do sul do Rio Grande do sul, e desenvolvido por duas graduandas do curso. As autoras mostram por meio do projeto desenvolvido a relevância dos aspectos sociointeracionistas no ensino de língua, tendo como base os gêneros textuais/discursivos e a sequência didática como dispositivo para o ensino. As autoras também apontam para a importância da associação entre o saber a ensinar e o saber para ensinar no processo formativo.