A sociedade moderna é sustentada pelo sistema capitalista, ou seja, o objetivo principal é a obtenção de lucro. Em virtude disso, é natural imaginar que o meio ambiente está em risco e, infelizmente, esse é o cenário real. Todos os dias, milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas e o pior de tudo é que, na maior parte dos casos, esses componentes estão em perfeitas condições de uso.
O caso mencionado anteriormente tem relação com a obsolescência programada, termo que foi criado para descrever o modelo de negócios das empresas de tecnologia. Ele consiste em “atualizar” um dispositivo para uma versão de sistema em que sua velocidade seja reduzida propositalmente para que, desta forma, o consumidor seja forçado a trocar por um aparelho mais recente.
Essa prática realizada pelas grandes corporações é a maior responsável pelo acúmulo do lixo moderno, composto por baterias, metais pesados e raros, telas e lentes. O grande problema desses materiais é que muita energia é gasta para extraí-los e transformá-los, o que gera muita poluição, e eles serão descartados em pouquíssimo tempo.
A Apple (marca de tecnologia norte-americana) criou um programa de reciclagem – no estilo crie um problema, venda uma solução – em que ela recolhe aparelhos anteriores abatendo uma parte do valor dos novos e recicla alguns dos componentes. Porém esse programa representa menos de 10% da produção total de smartphones da empresa.
Enfim, é possível concluir que o principal vilão do planeta é o modo capitalista de viver, portanto, é necessário controlar suas políticas de mercado. Por isso, a população e os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência devem pressionar o poder legislativo para que a legislação considere a obsolescência programada um crime ambiental, e, quando confirmada, sujeita a penalidades e multas. Desta forma, espera-se que a quantidade de lixo eletrônico reduza significativamente.