A leitura não constitui uma disciplina cientifica autônoma, mas apenas um objeto de estudo diferencialmente construído e parcelado por um conjunto de disciplinas Nas últimas décadas, a leitura passou a ser vista como ferramenta primordial para o desenvolvimento de conhecimento de várias e diferentes áreas. Por isso ela é hoje a atividade central na aprendizagem escolar, caracterizando-se como uma das preocupações educacionais mais seria. Principalmente depois que a educação escolar passou a ser um dos mais importantes direitos sociais do século XX. Em virtude disso, se fez necessário aprimorar a qualidade da leitura nas escolas públicas de todo o País e, por isso, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) ampliou a distribuição de livros didáticos e investiu em qualidade através da avaliação pedagógica. Nesse novo conceito, a leitura passou a ter lugar de destaque entre as principais atividades em salas de aula, deixando de ser uma atividade sem atração e só realizada quando sobrava tempo. Em face dessa visão, a leitura tornou-se uma atividade central e diária, sendo sua importância explicada pelos professores aos alunos.
Por outro lado, as crianças passam a conhecer diversos gêneros textuais, vários escritores e suas obras, diferenciar estilos e apreciar textos de qualidade, previamente selecionados pelo professor, que compartilha com elas os critérios de sua escolha.
Outro ponto a ser ressaltado é a leitura em voz alta, permitindo a fluência dos trabalhos na escola, o que permite ao aluno preparar-se para ler, ensaiar, compreender o que quer e como comunicar e expressar aos outros um sentido, pois quando a leitura é bem feita, ela traduz o pensamento do escritor, tornando-se realidade e configurando-se uma grande satisfação do leitor.
Sendo assim, espera-se que o aluno adquira competências específicas para que possa se apropriar do conteúdo lido de forma a compor o seu dia a dia. A escola, baluarte que é da transmissão de saberes nela edificados, deve estar sempre comprometida a programar e desenvolver atividades que levem o aluno a confrontar os desafios impostos pela leitura e interpretação do mundo onde se insere.
Baseada em uma estrutura bem planejada, de acordo com as possibilidades linguísticas heterogêneas oferecidas em várias formas, o que permite estratégias que abram caminhos para cada forma de linguagem, é necessário que faça sentido para o aluno, sendo o professor o responsável por abrir tais caminhos e criar espaços para compreensão dos processos linguísticos pelo aluno.
O papel da leitura
Nesse contexto, a leitura assume o papel de emancipador dos alunos e dos professores, tornando-os parte de uma sociedade letrada onde se exige cada vez mais conhecimentos dos sujeitos para que possam, por meio da interatividade e do diálogo estabelecidos, enfrentar os desafios que permeiam o mercado de trabalho, a vida em família e em sociedade, na educação e suas práticas educacionais, permitindo-lhe colocar-se de forma crítica e transformadora.
De acordo com Lerner : “ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita”.
Abranger e usar as linguagens orais são recursos indispensáveis para a aquisição do conhecimento em suas vária
s formas de expressão, para enriquecer os vocabulários, aprimorar a comunicação e a vivência da experiência de entretenimento, e da construção de conhecimentos que ambas oferecem.
Kleiman (2000) diz que: ‘’o leitor experiente possui duas características básicas que tornam a leitura uma atividade consciente, reflexiva e intencional e que, quando não consegue compreender de imediato o que lê, recorre a diferentes procedimentos para tornar o texto inteligível, uma vez que tem assimilado e aprendido tais recursos”. Sendo assim, conclui-se que só lendo se aprende a ler: só se aprende a escrever escrevendo. Por essa lógica conclui-se que só se aprende a ler, lendo, só se aprende a escrever, escrevendo, vivendo experiências positivas de leitura e de escrita, onde o aluno tem a possibilidade de abranger de fato o que lê e o que escreve, quando então, terá seu conhecimento enriquecido.
A metodologia pesquisada para construção do texto foi a bibliográfica, tendo como base, dados coletados em livros, artigos e documentos oficiais sobre a temática. Para discussão do tema foram feitas abordagens de autores como, Katia Brakling, Delia Lenner, Magda Soares, Freire, entre outros, os quais foram de valiosa contribuição, fazendo mais rica a fundamentação teórica. O texto foi produzido e concluído após o desenvolvimento da pesquisa.