O pós modernismo é a junção de uma série de movimentos artísticos (Pop Art, Minimal, Conceitual, Hiper-Realismo, Processos, Happenings e Performances), com uma nova visão sobre o mundo e sobre as artes que se estruturou em 1970, seu lado bom e ruim sendo o mesmo para Gompertz: qualquer coisa que se queira, enfrentando o paradoxo da liberdade. Em sua obra, Will Gompertz busca explorar o contexto histórico em que o pós-modernismo surgiu, suas ideias e influências, estabelecendo um diálogo leve e de fácil compreensão, refletindo no papel do mercado para que houvesse o boom sofrido pelas belas artes, entre temas como a valorização das obras de artistas vivos, por questões que envolviam a escassez de obras de artistas mortos, portanto improdutivos. Inicialmente aborda sua consolidação, tratando como o mundo vivia o modernismo, com ideais cosmopolitas e burgueses, a arte se mostrou como um investimento seguro, os
artistas marcas e a posse de obras em status. Na era da globalização o dinheiro passou a ter a ver com o valor que se dava a cada obra e se seria considerada arte, quer custasse muito, quer não custasse tanto assim, nesse contexto a arte poderia ser configurada em mercadoria, respondendo inclusive a lei da oferta e da procura de um mundo capitalista, e os artistas, uma marca. Nesse período, as pessoas desejavam arte que falasse de seu tempo, que fosse original, dinâmica, avançada. Assim, o pós modernismo surge reelaborando e expandindo o Dadaísmo.
Buscando se inspirar no mundo que os cercavam, os artistas se deparam com as evoluções tecnológicas, e são essas que os inspiram. Possuía por base o objeto, a matéria, o aqui e agora, não mais no homem ou nas coisas que estavam relacionadas ao campo da racionalidade. Por meio do uso de materiais como recortes de revistas e jornais, lixo, objetos comuns, os pós modernistas buscavam representar a vida na arte apresentando a realidade como ela é, onde não mais o pincel, o cavalete, a tela são os meios que restringe a produção artística.
Pode se concluir que para ser considerado arte basta que seja compreendido onde e como se encaixa na história da arte, ainda que não se aprecie, na mesma medida que se conheça as regras básicas para que faça sentido, sem deixar de levar em consideração as experiências individuais, pois cada expressão da arte pode provocar sentimentos e questionamentos, diferentes em cada um, mas que sempre provoque. Will Gompertz propõe pensar na arte sendo tão capaz de mudar o mundo, quanto o mundo é de muda-la.