O conceito de avaliação psicológica consiste num procedimento peculiar e exclusivo dos psicólogos, onde se faz o uso dos recursos científicos , em especial os testes, para coletar os dados sobre os aspectos psicológicos do indivíduo , com o intuito de atender a determinada uma demanda solicitada. Os testes seguem uma regra que consiste em agregar ao processo elementos e informações acerca do funcionamento psíquico do indivíduo” .
A avaliação psicológica é definida, também, como um amplo processo em que se realiza a investigação, para o conhecimento do avaliado e sua demanda, com a finalidade de fazer uma programação , que será eficiente na tomada de decisão adequada de um determinado do caso pelo o psicólogo. Para tanto, a avaliação psicológica destina-se à coleta e interpretação de dados, obtidos através de uma variedade de procedimentos confiáveis, entendidos como aqueles reconhecidos pela ciência psicológica (CFP, 2013).
No Brasil até o final da década de 1980, houve uma série de críticas com relação ao uso dos testes psicológicos , tendo como consequência a queda de uso destes. De início, os testes psicológicos eram aplicados com base na tradução de instrumentos produzidos em outros países, sem estudos de validação e adaptações para a realidade brasileira, que tornando-os alvos de críticas e descrédito.
A regulamentação da profissão do psicólogo
A regulamentação da profissão do psicólogo ocorreu no início da década de 1960, a posteriori , surgiram os conselhos de psicologia tanto Estaduais (CRP) quanto o Federal (CFP), contanto, a psicologia do trânsito já possuía reconhecimento no país com sua implantação desde o ano de 1920 .Nas décadas de 1940 e 1950 o psicólogo já realizava testes para a realização dos exames psicotécnicos .
A década de 60 caracterizou-se, portanto, pela organização político-administrativa de categoria dos psicólogos, e também pela institucionalização e expansão da Psicologia nos diferentes espaços de atuação, dentre eles, os DETRANs, consolidando as raízes identificadas desde o período pré-regulamentação
Até meados da década de 60, as ações do Estado brasileiro destinadas às políticas de desenvolvimento urbano e de transporte público , eram desarticuladas, aplicadas por uma variedade de setores do governo, sem a criação das diretrizes ou estratégias básicas de ação no meio urbano .
Como acima mencionado, houve uma série de fatos que antecederam a Resolução n° 425/2012 do CONTRAN, que prenuncia a obrigatoriedade de uma especialização stricto sensu de psicologia do trânsito para psicólogos, o requisito para que o mesmo exercesse sua profissão na área eram apenas um curso de capacitação ou o título de perito examinador do trânsito, ambos com a carga horária de 180 horas. Essa mudança foi crucial para a demanda por cursos de pós-graduação em psicologia do trânsito e uma melhoria na qualificação dos profissionais da área .