O capítulo se inicia em um diálogo entre Sócrates e Glauco, onde Sócrates descreve o Mito da Caverna, no qual as pessoas vivem apenas vendo sombras e sons, julgando essa ser a verdade universal, por nunca terem visto nada diferente. Essa caverna seria onde nós vivemos. No livro, os dois levantam uma questão, onde o olhar para o real, poderia ser desagradável devido aos problemas enfrentados diariamente pelas pessoas, fazendo assim, os homens quererem voltar a morar na caverna. O problema é que essa verdade, mesmo sendo vista, pode demorar um pouco para ser compreendida.
Quando compreendido o mundo real, longe das sombras, começa a busca pelo conhecimento verdadeiro, já que as sombras não são mais reais. O homem tentaria tirar seus antigos conhecidos das sombras e esses, dominados pela fantasia dariam risadas da situação e não prestariam atenção na fala do homem. Este problema é enfrentado na realidade pelos filósofos, que tentam diariamente educar a sociedade com a essência das coisas.
Sócrates para resolver esse problema, explica o processo de conhecimento que os filósofos passam para chegarem ao topo da sabedoria. Fala sobre o campo do conhecimento de cada um deve ir além das músicas e ginástica. O ser humano deve conhecer a ciência dos números, sendo que precisamos saber o tamanho das coisas para alcançarmos a essência, utilizando também a geometria e também a astronomia, a qual ajuda a alma se acostumar com o verdadeiro fora do mundo.
Por fim, Sócrates divide as etapas do ensino do filósofo em: inicial, que corresponde da infância até os vinte anos; a segunda que corresponde dos vinte aos 30 anos, a terceira que corresponde dos 30 aos 50 anos; e por fim a última fase, que é quando eles alcançam o bem em si próprios, com suas histórias e vivências de vida. É preciso desenvolver outras qualidades intelectuais, morais, atléticas e virtuosas para se tornar um grande filósofo e um ótimo ser humano.