As linhas de inspeção são:
A1: é a primeira linha e é realizada a inspeção de cabeça, nodos linfáticos e da papada, feita na sala de matança, a cabeça pode ser inspecionada na carcaça ou separada da mesma. Nunca se pode mascarar as lesões que são achadas nessa linha. Faz a visualização das cavidades nasais e bucais do animal, depois incisa ventral e medianamente e profundamente os músculos masseter e pterigoideos para procurar se há cisticercos ou sarcosporiodiose, examinar os nodos linfáticos da papada, sua coloração da gordura e procurando lesões, observar sempre a cor das mucosas, se houver lesão, marcar com chapinha vermelha tipo 1 no local que foi achada a lesão.
A: é a inspeção do útero, que é feita junto com a evisceração em bandejas específicas que podem ser esterilizadas, nisso visualiza-se se há mumificação ou maceração fetal, metrites, ou algum tipo de lesão que não é normal no órgão sadio.
B: é a inspeção do pâncreas, baço, bexiga, intestino e estômago, é realizada na bandeja de vísceras brancas, é feito a visualização, palpação e se for preciso faz-se cortes para a inspeção destes órgãos. Se for cortar, faz fatias dos nodos linfáticos da cadeia mesentérica.
C: é a inspeção do coração e da língua que são feitas na bandeja de vísceras vermelhas, olhar o coração e o pericárdio, fazer uma incisão no saco pericárdico, na fase de inspeção de epicárdico usa a água morna (38ºC a 40ºC) corrente para a mesma, para procurar possível cisticercose sarcosporidiose, quando for tirar o coração dos pulmões, secciona os grandes vasos sanguíneos da base. Incisar o coração do começo ao fim para melhor visualização dos átrios e ventrículos, examinando o endocárdio e válvulas. A língua se olha externamente, a laringe, faringe, e tecidos adjacentes, faz a palpação desse órgão, incisa longitudinalmente e profundamente para procurar cisticercose e sacosporidiose, separa a laringe e faringe só depois da liberação da inspeção federal.
D: inspeção de fígado e pulmões, retira-se os pulmões junto com a traqueia, esôfago, coração, fígado (com nodos linfáticos) e língua depositando tudo em seu devido lugar nas bandejas específicas, faz palpação e corta os nodos linfáticos apicais, brônquicos e esofágicos de maneira longitudinal, os pulmões são incisados para visualizar a luz bronquial (estado da mucosa), se tem broncopneumonia, os pulmões que apresentarem lesões patológicas ou acidentais, são condenados sem problemas com o restante da carcaça. No fígado faz a palpação e visualização, comprimir os ductos biliares, corte transversal, nodos linfáticos são cortados em lâminas longitudinais, se precisar incisar a vesícula biliar, faz em local separado apropriado, o mesmo pode ser condenado totalmente ou apenas em locais onde tem lesão.
E: é a inspeção da carcaça, vai dividir as carcaças ao meio ao longo da coluna vertebral com serra ou outro método que é aprovado pelo DIPOA. Visualiza-se seu aspecto, coloração, pele, se o animal está nutrido, se não há presença de fratura exposta, só corta as articulações se for necessárias, se tem alguma contaminação por conteúdo gastrointestinal, biliar, rigidez muscular, se as lesões forem superficiais e localizadas pode ser feita a condenação apenas do local, se não, é feita a condenação total.
F: é a inspeção dos rins, libera os rins da cápsula renal e da sua gordura perirrenal, palpa os rins assim que forem retirados da carcaças, vê se eles estão aumentados, sua consistência, caso precise incisa a perirrenal para procurar estefanurose, para visualizar as camadas corticais e medular incisa o parênquima renal, os rins são condenados se estiverem congestos por exemplo.
G: inspeção do cérebro é realizada obrigatoriamente quando o mesmo for industrializado ou comercializado.
Um exemplo de condenação parcial da carcaça é realizada quando a mesma tem caudofagia com abcesso, como está descrito no artigo 134 do RIISPOA.
A condenação total da carcaça acontece se houver anemia e palidez da mesma, que está descrido no artigo 142 do RIISPOA.