A matéria orgânica (MO) formada a partir de resíduos vegetais e animais são depositados no solo, onde são transformados na superfície ou são incorporados no perfil do solo, passando a fazer parte de sua matriz, constituindo, tipicamente a matéria orgânica do solo (MOS). São constituídos por celulose (20 a 50 %), hemicelulose (10 a 30%), lignina (5 a 30%), proteínas (15%), substâncias solúveis (até 10%) e outros constituintes (ceras, graxas, pigmentos e outros componentes) (MOREIRA e SIQUEIRA, 2006). A MOS é indispensável para a manutenção da capacidade produtiva das culturas. Em solos altamente intemperizados, a MO tem grande importância na retenção de cátions, estruturação do solo, aeração, complexação de elementos tóxicos e de micronutrientes, infiltração, retenção de água e atividade microbiana.
A matéria orgânica decompõe-se nos solos tropicais e subtropicais e climas úmidos com grande rapidez. A redução excessiva do teor MOS prejudica-o física, química e biologicamente, redundando em diminuição na produção.
A adubação orgânica consiste na técnica de depositar no terreno MO, como: esterco, urina e restos de animais, palhas, capins, lixo, serragem, restos de culturas, capinas, cama de estábulos ou galinheiros, bagaços, ou farinha de ossos e farinha de carne, entre outros, que se transformam em húmus. Esses adubos funcionam como fonte de energia para os microrganismos, melhoram a estrutura, o arejamento e a capacidade de armazenar umidade. Tem efeito regulador na temperatura do solo. Aumenta a capacidade de troca catiônica e retarda a fixação de fósforo no solo.
Necessidades de micronutrientes
Os adubos orgânicos podem então, contribuir para aumentar a disponibilidade de fósforo durante o crescimento e desenvolvimento vegetal, provavelmente, pela competição pelos mesmos sítios de adsorção de P. A matéria orgânica adicionada ao solo na forma de adubos orgânicos, de acordo com o grau de decomposição dos resíduos, pode ter efeito imediato no solo, ou efeito residual, por meio de um processo mais lento de decomposição. Logo, deve haver uma sincronia entre o nutriente liberado durante a decomposição e a demanda da cultura de interesse. Quantidades adequadas de esterco de boa qualidade podem suprir as necessidades das plantas em macronutrientes, sendo o potássio, o elemento cujo teor atinge valores mais elevados no solo pelo uso contínuo.