A obesidade é um distúrbio metabólico crônico de etiologia conhecida, que envolve fatores genéticos, endócrinos, ambientais, problemas psicológicos, sociais, causando uma perca na qualidade de vida, por este motivo vem sendo apontada como um grande problema de saúde pública a nível mundial. (OLIVEIRA; PINTO, 2016; NONINO et al.,2019).
Para Oliveira e Pinto (2016) a obesidade é uma das patologias que mais matam no mundo em devido a suas comorbidades, sendo o principal fator que leva ao desenvolvimento da doença crônica e progressiva diabetes mellitus tipo 2. Além disso, está associada com o desenvolvimento da hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiência cardíaca congestiva, dislipidemia e aterosclerose, contribuindo, assim, para maior risco de morbimortalidade por enfermidades cardiovasculares.
Intervenção cirúrgica
De acordo com Nóbrega et al (2020) o tratamento para essa doença baseia-se inicialmente na conduta clínica conservadora através de medidas dietéticas, atividade física e a utilização de alguns fármacos. Entretanto sabe-se que a abordagem conservadora na maioria das vezes é impotente em proporcionar uma perda de peso significativa e/ou manutenção no paciente obeso grave. Sendo assim, o tratamento cirúrgico, tem se apresentado eficiente na promoção de uma perda de peso significativa a longo prazo.
Além da efetividade em perda de peso, o tratamento cirúrgico apresentou-se como positivo e duradouro para a melhora ou resolução das comorbidades clínicas ligadas à obesidade, tais como apneia do sono, diabetes e hipertensão.
Entre os procedimentos cirúrgicos, a derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR), é a técnica mais frequentemente difundida no mundo. Essa intervenção é um método restritivo-disabsortiva, onde é realizada o grampeamento de parte do estômago e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios responsáveis pela saciedade e diminuição da fome levando ao emagrecimento.
Para Andrade (2020) e Rolim et al (2018) antes da prescrição e realização de intervenção cirurgia é fundamental uma avaliação minuciosa do paciente, para que o mesmo seja acompanhado por uma equipe formada com diversos profissionais da área da saúde, promovendo um trabalho multidisciplinar, permitindo que o tratamento seja individualizado buscando estratégias que englobem integralmente o paciente afim de garantir o sucesso da cirurgia a longo prazo, principalmente, no que diz respeito ao controle do peso e remissão das comorbidades.
A cirurgia bariátrica de forma isolada não é a cura para a obesidade, após a sua realização é preciso o paciente adotar o compromisso de hábitos alimentares saudáveis e o consumo de alimentos aquedados com prioridade.
Segundo Nonino et al (2019) boa parcela dos pacientes pós operatórios de gastroplastia estão sujeitos a recuperação do peso perdido, devido ao surgimento de alguns fatores como: distúrbios alimentares, dilatação da bolsa gástrica, inatividade física, alterações endócrinas e metabólicas.
Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a incidência e fatores relacionados ao reganho de peso em mulheres submetidas à Gastroplastia Redutora do Tipo Y de Roux. Avaliando massa corporal; estatura e IMC de indivíduos submetidos à gastroplastia, no pré e pós-operatório; comparar perda de peso (massa corporal) e redução de IMC; evidenciar o reganho de peso em longo prazo do pós-operatório; investigar os aspectos relacionados ao reganho de peso.