O trabalho é um dos fatores que mais influenciam na qualidade de vida dos indivíduos, uma vez que se dedica boa parte das horas do dia às atividades laborativas, o que demanda tanto energia psicológica quanto física. O universo corporativo impõe camadas graduais de estresse aos seus trabalhadores, de todas as áreas de atuação e/ou cargos exercidos. A exigência por desempenho, o ritmo acelerado do cotidiano corporativa, os prazos apertados, a competitividade acirrada, a pressão pela alta performance, a sobrecarga de tarefas, dentre outros diversos fatores, presentes no dia a dia das empresas, podem afetar arduamente o ambiente organizacional de uma empresa, e, por consequência, o nível de satisfação da sua força de trabalho.
Sendo assim, tão importante quanto estimular a produtividade é compreender a necessidade e reforçar os cuidados que tratem da vitalidade psicológica do empregado, garantindo a saúde organizacional.
Abraham Maslow (1908 – 1970) é conhecido por sua teoria motivacional. Com a publicação de seu livro Motivação e Personalidade (Maslow, 1954), trouxe um panorama motivacional sugerindo a teoria de uma hierarquia de cinco necessidades: fisiológica, de segurança, social, de estima e de autorrealização. Para Maslow, existia uma escala de necessidade que poderia ser ativada unicamente se a anterior tivesse sido satisfeita. Esta, uma vez concluída, não motivaria mais o comportamento. Dessa forma, a autorrealização seria o ponto mais alto a ser atingido pela existência humana.
Coisas cotidianas dos funcionários
A organização que não investe no bem estar de seus profissionais não perdura. A qualidade de vida de seus subordinados é um dos principais fatores que influenciam na produtividade, já que um colaborador satisfeito com seu emprego produz com mais qualidade e agilidade. Logo, o bem estar do trabalhador está ligado diretamente ao desenvolvimento organizacional, voltado para aspectos de satisfação no cargo, valorização e de reconhecimento.
Em 1930, na década da era comportamental, o lado humano das organizações foi explorado. Surgiu nessa década, primeiramente, uma teoria de gestão: A teoria das relações humanas. Gerado a partir de diversos estudos e análises realizados por engenheiros industriais de várias empresas norte-americanas. Tais estudos – chamados de estudos de Hawthorne – iniciaram-se em 1924 e se estendenderam até 1930. Recebendo essa terminologia por terem tido seu desenvolvimento dentro da fábrica de Western Eletric, Ilinois, em Chicago, e foram os primeiros a utilizar das técnicas científicas para realizar pesquisas sobre o comportamento humano no trabalho.
Surgiram nesse período (1930 a 1970) autores que tiveram importantíssima atuação no estudo e desenvolvimento da ciência social: Abraham Maslow, Douglas McGregor, Jacob Moreno, Burrhus F. Skinner, Dale Carnegie, David McClelland, Fred Fiedler, Frederick Herzberg, J. Richard Hackman, Greg Oldham, Carnegie, Maslow e McGregor são alguns dos grandes nomes que fizeram parte do movimento das reações humanas na era comportamental.
A sociologia estuda os sistemas sociais nos quais os empregados exercem seus papéis e a relação social que os trabalhadores têm com seus companheiros nas organizações. As contribuições dos sociólogos estão presentes nas empresas em muitos momentos, como por exemplo: na etapa de planejamento de equipes de trabalho, na execução das dinâmicas de grupo, no gerenciamento de conflitos internos, na construção da cultura organizacional, durante a comunicação, e na estruturação e desenvolvimento de tecnologia, dentre outras atividades rotineiras.
Por fim, é possível confirmar que melhorando a qualidade de vida dos empregados e mantendo um bom clima organizacional, auxiliamos não só na melhoria da produtividade — já que há aumento no nível de satisfação da equipe — como também obtemos resultados positivos nos relacionamentos internos na empresa e na diminuição do turnover.