Na esfera industrial são gerados diversos resíduos na sua cadeia produtiva. É nesse sentindo que um bom consumo e produções responsáveis destes, gera uma prevenção de impactos ambientais.
Alguns tipos de rejeitos decorrentes de óleos, graxas e petróleo, são problemas enfrentados nas indústrias dos mais diversos setores. E muitos destes, acabam contaminando ar, água e solo, causando efeitos negativos no meio ambiente.
Na indústria mineral não é diferente. A borra oleosa é um resíduo gerado pelos seus maquinários nas suas manutenções preventivas. Ela é composta principalmente de óleos (derivado da lubrificação), água (procedente do resfriamento) e carepas (oriundo do desgaste da superfície do metal).
Segundo o diretor técnico da empresa VOOM (2010), a borra oleosa metalúrgica na natureza é bastante prejudicial, pois ela é rica em metais pesados (extremamente tóxicos para a maioria dos metabolismos), opera como agente impermeabilizante e após algum tempo, pode abrigar uma série de vetores (fungos e outros parasitas).
É necessário abrir os olhos para oportunidades de responsabilidade ambiental e lucrativas do reaproveitamento ou a comercialização da borra oleosa, na qual se tem mostrado oportunidades de sustentabilidade econômica. Pesquisas, estudos e empresas apontam a reutilização desse resíduo. Uma vez que, era só identificado em grandes quantidades através das refinarias de petróleo. Dentro dessas perspectivas, a reciclagem da borra oleosa proveniente dos maquinários pode ser projeto para sua reutilização como fonte energética, indústria de cerâmica, onde há incorporação desse resíduo na argila como matéria-prima na fabricação de blocos cerâmicos, na qual apresenta significativas melhorias na qualidade dos produtos.
Departamento de prevenção de resíduos
A UPD – V (Unidade de Prevenção à Desperdícios VOMM) atua no local de geração do resíduo – na estação de tratamentos da indústria metalúrgica -, removendo ao máximo a umidade residual, diminuindo sensivelmente seu volume e permitindo o reúso do mesmo. Uma borra isenta de umidade e carepas pode ser reaproveitada para lubrificação em outros processos menos sensíveis, reciclada ou até mesmo utilizada como fonte energética (calor).
Uma boa gestão de tratamento da borra oleosa é o seu reaproveitamento, devido suas misturas de composições do seu estado físico-químico, de maneira a ser utilizada outra vez como matéria-prima ou produto. Desse modo, o desenvolvimento tecnológico de produção, a otimização de processos, controle de qualidade de fase laboratorial, meio ambiente e tratamento de resíduos/rejeitos, é de grande importância do ofício do engenheiro químico, que se faz necessário a realizações de atividades no tratamento de minérios, na eficiência de seus equipamentos e de desenvolvimento tecnológico da mineração, entre outros, com finalidade de minimizar danos ambientais e custos financeiros.