Quando se fala de educação humanizadora é necessário falar de relações afetivas entrando no campo da experiência e planejamento das artes visuais até o final do ensino médio, onde o aluno é capaz de ver, refletir, analisar, ler, reler e tocar o mundo de formas diversificadas.
A metodologia voltada para as aulas de artes visuais se encontra em transformação, pois, se vive em uma sociedade virtualizada, globalmente conectada, os alunos “possuem hábitos, costumes e forma de vida diferente das gerações anteriores, tendo facilidade para as comunicações virtuais, intimidade com a mídia e artes” (MCCRINDLE, 2011, p. 47).
Assim a relação entre as artes visuais, tecnologia e cultura, forma um conceito de pensamento, de ideia e de objetividade. Portanto, sinteticamente, a cultura está ligada à arte e arte à cultura e juntos se encontram na tecnologia, o professor de arte tem que estar sempre atento às novas práticas e preparado e enfrentar os desafios em incorporar à tecnologia a sala de aula, utilizando também para trabalhar o lado visual, a pesquisa e as imagens. Oliveira e Hernández falam que:
A pós-modernidade, entre outras reflexões, abriu portas à importância de olhar a “arte” como uma representação de significados. Isso significa que, diante das obras, não há olhares nem verdades absolutas, ou aproximações formalistas (que se considere como uma categoria socialmente construída), mas sim que dependem do tempo, do lugar e do contexto. Isso faz com que a linguagem da arte fique sujeita ao escrutínio dos códigos simbólicos e das convenções culturais. Isso condiciona e possibilita as diferentes formas de interpretação. (OLIVEIRA; HERNÁNDEZ, 2005, p.123).
Com um olhar diferencial para as artes visuais, ela se torna mais dinâmica, com eixos e articulação curricular voltados para diferentes áreas de conhecimento, desta forma o aluno começa a expressar-se com maior facilidade, discordar de opiniões, exercendo seu papel de protagonista, compartilhando a alegria de estar enfrentando os desafios, onde o mediador trabalha com muita sensibilidade e afetividade.
Quando se fala sobre sensibilidade na educação é necessário entrar no campo da experiência e do planejamento na educação, o ver, ouvir, sentir, tocar o mundo de formas diversificadas e se faz necessário citar a Base Nacional Curricular (BNCC), pois foi através dela que a educação adquire forma e contexto. Na Câmara do Senado no dia 23 de fevereiro de 2016 é fixada as diretrizes e bases da educação nacional.
Ao se tratar do ensino de Arte, a Base Nacional Comum Curricular apresenta ao total cinco unidades temáticas em que estão citadas quatro linguagens artísticas que são: teatro, dança, música e artes visuais que é o objeto de estudo em questão. Em artes visuais a Base Nacional Comum Curricular propõe o estudo dos contextos e práticas, que visam desenvolver as habilidades para:
analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicas etc. (BRASIL, BNCC, 2017, p.207).
De acordo com Konder (2002, p.13), “as artes visuais apresenta desafios que exigem uma profunda ampliação e revisão contínua da razão”. Através da arte o homem antecipa os resultados, produz com finalidades estabelecidas, desta a forma a educação se torna um ato consciente, favorecendo os indivíduos. A arte por si só não possui significados, ela precisa transmitir conteúdo, é um meio de comunicação. De acordo com Ferraz e Fusari:
O professor de artes visuais, junto com os demais docentes e através de um trabalho formativo e informativo, tem a possibilidade de contribuir para a preparação de indivíduos que percebam melhor o mundo em que vivem, saibam compreendê-lo e nele possam atuar. (FERRAZ E FUSARI, 2009, p.44).
O ensino de artes visuais na educação é fundamental para o desenvolvimento de habilidades e reconhecimento de aptidões, com a possibilidade de preparar o indivíduo para o mundo, com o auxílio da imagem fazendo a leitura e releitura, através das cores, traços, formas, o aluno percorre trajetos na aprendizagem que vem para proporcionar conhecimentos, desenvolvendo a percepção, imaginação e sensibilidade, que vem para contribuir para que o aluno encontre o seu lugar no mundo.
https://www.efdeportes.com/efd160/a-importancia-da-relacao-professor-aluno.htm