Tese de George Canguilhem
A obra, o normal e o patológico baseada na tese de George Canguilhem foi realizada durante os anos de 1904 a 1995 sendo que em 1943 foi realizada sua primeira publicação, nela possuem algumas reflexões a certa da área da medicina, filosofia dentre outras, realizando uma relação do que é o normal e do que é patológico.
Canguilhem, no livro faz uma reflexão inicial sobre se o estado patológico seria apenas uma modificação quantitativa do estado normal de uma pessoa, e ele faz a seguinte resposta “A doença difere da saúde, o patológico, do normal, como uma qualidade difere de outra, quer pela presença ou ausência de um princípio definido, quer pela reestruturação da totalidade orgânica. Essa heterogeneidade dos estados normal e patológico ainda é compreensível na concepção naturista que pouco espera da intervenção humana para a restauração do normal. A natureza encontraria os meios para a cura”. Já outra reflexão que fez esta na segunda parte do livro, foi se existe alguma ciência relacionada ao normal e o patológico, pois ele relata que “é impossível para o médico compreender a experiência vivida pelo doente a partir dos relatos dos doentes. Porque aquilo que os doentes exprimem por conceitos usuais não é sua experiência direta, mas sua interpretação de uma experiência para a qual não dispõem de conceitos adequados”.
O Livro De Canguilhem
Ao longo do livro Canguilhem expõe também os pensamentos de outros cientistas como R. LERICHE e suas concepções acerca da doença ressaltando que “O estado de saúde, para o indivíduo, é a inconsciência de seu próprio corpo. Inversamente, tem-se a consciência do corpo pela sensação dos limites, das ameaças, dos obstáculos à saúde. Tomando essas afirmações em seu sentido pleno, elas significam que a noção de normal que se tem depende da possibilidade de infrações à norma”.
Conclusão
Para concluirmos Canguilhem, acredita que o estado patológico não é a ausência do normal pois para ele não existe vida sem o normal e o estado patológico de uma pessoa é também uma parte do viver, e que a saúde para ele é ser algo mais que normal, seria uma forma de se adaptar as regras do meio e assim ter a capacidade de inovar e seguir outras normas e formas de se viver e assim ter uma sensação ilimitada de segurança.