Pois bem, como já explanado anteriormente, a Floresta Amazônica de fato desperta um interesse difuso de diversos países tendo em vista o potencial econômico e ecológico existente na região, os quais dariam o controle e o acesso aos recursos genéticos da referida região, ultrapassando fronteiras e, consequentemente, esbarrando no conceito de soberania. Ademais, não só a soberania estaria em jogo, mas também as questões de preservação ambiental e ingerência internacional devem ser acompanhadas.
A preservação ambiental, em tese seria a principal questão a ser tratada, vez que o meio ambiente como direto difuso, amparado pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, é um bem comum o qual pertence tanto às presentes quanto às futuras gerações, no entanto a intenção de pontuadas intervenções no caso da Floresta Amazônica pode vir a camuflar outros interesses violadores da soberania.
Não é a intenção do presente artigo defender ferrenhamente a soberania do Brasil para com o território da Amazônia em detrimento de uma degradação ambiental desmedida, mas cabe aqui analisar que, de fato, a ingerência internacional pode vir a deslegitimar a soberania brasileira sobre a referida floresta, diante de argumentos de outros países que, possivelmente, sejam considerados falaciosos.
Portanto, o atual cenário da Amazônia se encontra em uma linha tênue, na qual em uma de suas pontas observa-se o Brasil demonstrando a sua soberania e domínio sob seu território e, noutro extremo, tem-se o fator geopolítico dos outros países que tentam intervir em solo brasileiro sob o argumento da ingerência e do meio ambiente como bem comum da humanidade.
Ora, não há que se discutir a legitimidade do Brasil e sua soberania no caso em comento, mas sim analisar quais são as reais intenções que diversos países têm, como a França, em intervir em solo brasileiro para que, a partir de tal ponto, determinar quais medidas são as mais viáveis e vitais para solucionar problemas de desmatamento e degradação ambiental desenfreada. Para tais problemas, apesar de não ser o foco do artigo, mas que dará margem para a continuidade do estudo, pode-se propor como solução a médio prazo, o turismo sustentável com a reversão dos valores arrecadados para o reflorestamento da área, e a longo prazo, o desenvolvimento de uma cultura menos depredatória por meio práticas educacionais ambientais vinculadas a mencionada atividade turística.