Os monarcas portugueses iam cada vez mais, à medida que a exploração marítima ia avançando para oriente, tomando consciência de que um passo acertado seria o de abrir relações diplomáticas com alguns povos, dando maior importância ao estabelecimento de acordos de amizade, em detrimento das acções bélicas, de furto e rapina que marcaram a exploração da costa africana até ao fim do século XV.
A Diplomacia Portuguesa no Oriente
Até à chegada da frota de Vasco da Gama a Calecute, ainda os portugueses não se tinham deparado com povos de um grau civilizacional avançado e dotados de estruturas hierárquicas comparáveis aos padrões europeus, casos estes que por isso mesmo seriam merecedores de um tratamento de igual para igual por via da diplomacia. Junta-se a isto a intenção estratégica de procurar celebrar acordos comerciais favoráveis aos portugueses numa região cujas zonas portuárias já eram frequentadas e até em alguns casos se encontravam monopolizadas pelos mercadores muçulmanos, aí presentes desde há vários séculos, acordos esses que poderiam contribuir para cortar o abastecimento das rotas do mediterrâneo que permitia o monopólio veneziano do comércio de especiarias e outras mercadorias na Europa.
Porém, põe-se um problema na análise destas missões diplomáticas e dos enviados delas encarregues, por diversas razões; primeiramente, torna-se difícil analisar cada caso pela diversidade das missões a que estes enviados se prestavam, sendo necessário saber se eram enviados a mando da monarquia, da Igreja, ou outros; também o próprio acesso e investigação da correspondência trocada entre os emissários e o governo central se torna bastante difícil, como de resto nota J. Veríssimo Serrão: «o conhecimento cabal da história diplomática deste reinado requer a compilação sistemática da correspondência de todos os emissários, documentação essa que se encontra dispersa por muitos arquivos.» (Serrão, J. Veríssimo, A Embaixada em França de Brás de Alvide.
Novas Alianças
Os portugueses não se tinham deparado com povos de um grau civilizacional avançado e dotados de estruturas hierárquicas comparáveis aos padrões europeus, casos estes que por isso mesmo seriam merecedores de um tratamento de igual para igual por via da diplomacia. Junta-se a isto a intenção estratégica de procurar celebrar acordos comerciais favoráveis aos portugueses numa região cujas zonas portuárias já eram frequentadas e até em alguns casos se encontravam monopolizadas pelos mercadores muçulmanos, aí presentes desde há vários séculos, acordos esses que poderiam contribuir para cortar o abastecimento das rotas do mediterrâneo que permitia o monopólio veneziano do comércio de especiarias e outras mercadorias na Europa.