Normalmente, um indivíduo hipertenso inicia um programa de treinamento de força com intensidades mais baixas, progredindo lentamente. À medida que vai passando por adaptações e mudanças fisiológicas e morfológicas a tendência natural é que a intensidade deste treino aumente.
O aumento da massa magra também gera inúmeros benefícios à pessoa hipertensa, além de aumentar a rede de vasos e capilares, melhorando a distribuição de sangue pelo corpo, um indivíduo com um maior índice de massa magra produz mais miocinas, substâncias que combatem diretamente as doenças cardiovasculares, além de outras doenças crônicas os músculos esqueléticos quando são submetidos ao treinamento resistido funcionam como órgãos endócrinos, produzindo substâncias que irão atuar no organismo produzindo efeitos importantes para a saúde.
Segundo Costa e Werutsky (2015), A primeira miocina produzida e liberada pela musculatura esquelética é a IL-6, ela age na musculatura e pela corrente sanguínea é transportada até os órgãos. Essa produção e liberação da IL-6 no músculo esquelético devido aos exercícios físicos de força tem se mostrado eficaz no controle da inflamação sistêmica de baixo grau, Dessa forma ela vem sendo alvo frequente de pesquisa científica, que tenta associar está miocina ao comportamento inflamatório crônico.
No que diz respeito à hipotensão pós-treinamento de força, quanto maior for á duração e a magnitude dessa hipotensão, mais eficiente à intervenção se torna. Essa queda pressórica ocorre, entre outros fatores, devido à hiperemia na musculatura que se encontrava obstruindo o fluxo sanguíneo e pela ação barorreflexa. Quanto maior for o nível basal da pressão arterial, maior será a redução pós-exercício, dessa forma segundo os autores, a uma hipotensão significativa pós-treinamento de força (QUEIROZ et al., 2009).
Para que ocorra um efeito crônico significativo sobre a pressão arterial é importante que os valores alcançados de hipotensão pós-exercício durem o máximo de tempo possível. Conforme
Mediano (2005, p. 339) “é possível que diferentes vias fisiológicas, isoladas ou combinadas, contribuam para tal fenômeno, tais como maior liberação de óxido nítrico e menor descarga adrenérgica”.
Os efeitos crônicos oriundos do treinamento de força serão obtidos pela pessoa hipertensa devido à exposição diária constante do indivíduo á várias quebras de homeostase, ocasionadas por tal prática. A adesão definitiva de um indivíduo á um programa de treinamento de força expõe seu corpo a mudanças fisiológicas que só são alcançadas á longo prazo, são as alterações crônicas.