A vacinação contra o papilomavírus humano é um forma de prevenção da doença, sendo disponibilizada conforme calendário nacional de vacinação, para adolescentes, meninas de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias e meninos de 11 a 14 anos, 11 meses e 29 dias, pessoas portadoras de HIV e pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos (BRASIL, 2018).
A vacina contra o HPV foi criada na Austrália em 2007 sendo disponibilizada para a população em seu Programa Nacional de Imunização, com resultado superior a 70% de cobertura vacinal para 3 doses da população alvo de 12 a 13 anos. Houve ainda diminuição significativa de verrugas genitais e de lesões cervicais de alto grau no grupo vacinado (GARLAND, 2016).
O Ministério da Saúde adquiriu a vacina quadrivalente papilomavírus humano recombinante do laboratório Merck Sharp & Dohme/Instituto Butantan, mas ela é produzida também na forma bivalente, que não está disponível pelo SUS. A quadrivalente é composta pelos tipos HPV 6, 11, 16 e 18 e é apresentada na forma de suspensão injetável, unidose, acondicionada em embalagem secundária contendo 10 frascos por ampola. Cada dose possui volume de 0,5 ml. Ela deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular na região do deltóide, preferencialmente, na parte superior do braço (BRASIL, 2016).
O esquema vacinal no Brasil acontece em 2 doses da vacina (0 e 6 meses) e está disponível nas salas de vacinação para adolescentes de 9 a 14 anos e para pessoas imunocomprometidas , com esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses). Pode ser administrada simultaneamente com outros imunobiológicos disponíveis no calendário vacinal, desde que seringa, agulha e regiões anatômicos sejam diferentes. A vacina é inativada e composta por papilomavírus de baixo risco, papilomavírus de alto risco, alumínio, cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injetáveis (BRASIL, 2016).