A Educação em Saúde consiste em um processo de compartilhamento de saberes científico e popular entre os profissionais de saúde e a comunidade, de modo a interferir na vida cotidiana dos mesmos, promover mudanças e gerar a autonomia do próprio cuidado (PINAFO et al., 2011). Desse modo, compreende-se que o poder transformador da educação em saúde tem respaldo no fato de que os processos educativos estão intimamente relacionados com as mudanças de ordem social que acontecem em uma comunidade
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Para compreender a educação em saúde, é necessário reformular as perspectivas acerca da educação de modo geral, deixando de lado a concepção bancária. Deve prevalecer a compreensão de uma troca de ideias na qual o aprendizado é mútuo, consistindo em um espaço de reflexão que possa implicar em mudança de atitude.
É válido mencionar que as práticas pedagógicas úteis para a educação de jovens e adultos devem considerar o respeito à individualidade, linguagem popular e cultura local, contextualização nas diversas realidades, ética, autopercepção de saúde bucal, reflexão sanitária e uso da metodologia adequada para cada situação e cada grupo etário.
É preciso que o usuário seja visto como promotor da sua própria saúde por meio da garantia de sua autonomia. Dessa forma, ações voltadas para a educação em saúde devem sempre analisar a individualidade de cada ser humano e enxergar nele potencialidades. Só assim acontece educação em saúde de fato, pois não será apenas uma troca de informações, mas também o desencadeamento de transformações.
Em contrapartida, sabe-se que para uma educação em saúde surtir efeito é necessário muito mais do que compartilhar conhecimento, é fundamental enxergar o ser humano como ser biopsicossocial e promover a criação de ambientes propícios à mudança, facilitando assim a adoção de comportamentos saudáveis.
Conclusão
Frente ao exposto, o presente relato de experiência tem por objetivo trazer a vivência de uma graduanda do curso de Odontologia da Universidade Federal da Paraíba acerca da educação em saúde por meio de uma atividade proposta pelo componente curricular Estágio em Saúde Coletiva II, retratando a importância de tal experiência para a formação holística do profissional dentista.