Considerada como um grave problema de saúde pública em nível mundial nas regiões que apresentam clima tropical e subtropical, a dengue está entre as doenças negligenciadas que apresentam um aumento significativo em mortalidade e morbidade nos últimos anos. Trata-se de uma doença infecciosa causada por um vírus RNA, que tem como principal vetor o mosquito Aedes aegypti. Tem grande repercussão na economia e vida social, por afetar o trabalho, os estudos, a saúde e a rotina dos pacientes acometidos pela doença. O aumento dos números de casos deve-se pela alta infestação do agente transmissor e pela dificuldade existente em eliminar o mesmo, bem como pelo descuido das pessoas em algumas situações como: não fazer a devida limpeza de seus quintais, deixar objetos que acumulam água expostos ao tempo, vasos de plantas sem areia nos pratos, caixa d’água destampada, não fazeruso de repelentes e uso de mosquiteiros entre outros.
Força
No Brasil, a dengue é classificada como uma doença de Notificação Compulsória pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). De acordo com a Secretária de Vigilância em Saúde (SVS) e seu manual, os casos são distribuídos em casos suspeitos e casos confirmados. Definidos como: Caso suspeito todo paciente que tiver febre com duração de 2-7 dias, e que acompanhe ao menos dois dos seguintes sintomas: artralgia, cefaleia, mialgia, dor retro-orbital, prostração, exantema e investigação da área em que a pessoa reside ou visitou.
E, caso confirmado de Dengue e de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) aqueles que apresentaram todos os sintomas já descritos e que obtiveram a confirmação através de exames laboratorial e específica. Vários fatores envolvem a manifestação clínica da doença como a idade do paciente, a situação imunológica fragilizada, a presença de anticorpos específicos e a virulência de determinadas cepas. A infecção por qualquer um dos sorotipos incita a formação de anticorpos específicos, que resultam na imunidade homóloga