O exílio social pode ser muito maligno a saúde mental da sociedade em geral, segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), “O isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego.” Um estudo consumado na Etiópia em abril de 2020 concluiu que os níveis de sintomas da depressão escalaram em três vezes mais em comparação outrora a pandemia.
Um dos maiores problemas paras as pessoas confinadas, é manter a saúde mental sã, vist que muitas delas vivem sozinhas e tinham relações sociais apenas fora do seu ambiente familiar, ou então a pessoa já apresenta certas tendências à problemas mentais, tais como, depressão ou ansiedade.
Estatísticas no Canadá
Estatísticas no Canadá comprovam que 20% das pessoas entre 15 e 49 anos, aumentaram o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarros.
A pandemia atinge diversos grupos populacionais específicos, um exemplo são os profissionais da saúde, pois com a chegada do novo vírus a carga horária se estendeu devido à gravidade da pandemia em que nos encontramos.
Na China os profissionais de saúde constataram altos índices de depressão, ansiedade e insônia e no Canadá 47% dos profissionais constam que se faz necessário o suporte psicológico, esses elevados índices se deram devido aos profissionais que estão na linha de frente lidarem com decisõesimportantes como questões de vida ou morte, risco de contágio e também mortes ocasionadas pelo covid-19.
As crianças também são afetadas devido ao isolamento, sendo assim, sofrendo com a inexistência de interações sociais, que é um fator fundamental para o desenvolvimento moral, social e ético. Aulas à distância se fazendo necessário nestes tempos de confinamento, pode desencadear a dificuldade de concentração às crianças, podendo ser ocasionada pela falta de infraestrutura ou até mesmo pela qualidade de ensino inferior ao que era oferecida, em analogia há tempos anteriores à pandemia. Até mesmo os pais, estão tendo dificuldades com diversas situações novas, como conciliar as tarefas domésticas, muitas vezes trabalhando em home office e lidando com a educação em casa.
Pessoas com doenças subjacentes, idosos e jovens também lidam com novas situações e novos desafios a enfrentar como a saúde mental, além de serem grupo de risco ao vírus. Outro grupo de pessoas que apresentam dificuldades, são aquelas no espectro do autismo, pois muitos deles não aguentam ficar trancados por muito tempo em casa e precisam sair um pouco para diminuir esse stress. Segundo Dévora Kestel, diretora do departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, “a ampliação e reorganização dos serviços de saúde mental que agora são necessários em escala global é uma oportunidade para construir um sistema de saúde mental adequado para o futuro”, sendo assim, fazendo se necessário novos meios para promover uma educação eficaz na saúde mental.