Estudos como Monteiro; Sobral Filho (2014) e Queiroz; Kanegusuku; Forjaz (2010) têm apontado à diminuição no débito cardíaco como principal responsável pelo efeito hipotensor crônico do treinamento de força. Os trabalhos mostram que essa diminuição está diretamente ligada a uma queda no volume de ejeção decorrente da redução no retorno venoso e pelo aumento constante da frequência cardíaca durante a realização do exercício, ocasionados pelo aumento da atividade nervosa simpática (TERRA et al., 2008).
O aumento na espessura da parede das câmaras cardíacas acarretado pelo treinamento de força é um fator considerável dentro dos benefícios crônicos. Com as paredes hipertrofiadas associadas a um leve aumento da câmara, o coração passará a bombear uma maior quantidade de sangue para o organismo com uma menor frequência cardíaca, diminuindo bastante sua sobrecarga de trabalho nos momentos de repouso. A redução do trabalho cardiovascular no momento de repouso é outro ponto importante e primordial, dentro do efeito hipotensor crônico. Essa redução diminui o desgaste das paredes arteriais, diminuindo consideravelmente alguns riscos. Terra et al. (2008, p. 304) corrobora com ideia falando que “essa redução, por sua vez, parece ser mediada pela diminuição da pressão arterial sistólica, haja vista que não foram observadas alterações significativas na frequência cardíaca”.
Como o treino com exercícios de força desencadeará um aumento de massa muscular, proporcionando uma redistribuição sanguínea com a criação de novos capilares e o aumento de tamanho e número de células, fatores com influência direta sobre a estabilização da pressão arterial de repouso, talvez deva ser o mais aconselhável a ser priorizado. Levando em conta que se o indivíduo estiver mais forte, ele precisará fazer menos esforço para fazer as atividade propostas que antes ele precisava fazer bastante esforço. Estudos como Guttierres; Martins (2008) e Santos B.; Santos M.; Maia (2009) corroboram que o treinamento de força é eficaz quando se fala em emagrecimento, melhorando também a hipertrofia muscular que é uma mudança relevante para controlar a hipertensão.