Internet. Impacto na aprendizagem

Como é sabido, não se pode falar em EaD sem associar as TICs em sua base de sustentação. Desta forma, Belloni aponta três propósitos da utilização das TICs em instituições de ensino de qualquer modalidade:
– Como disciplina;
– Como ferramenta de melhoramento da metodologia de ensino e aprendizagem; e
– Como mecanismo que favoreça a concepção de novas maneiras de instruir e aprender.

A internet se tornou uma ferramenta que proporciona ao professor novos métodos de ensino, ampliando seu conjunto de técnicas metodológicas e fazendo refletir em benefícios a seus alunos, pois ambos podem compartilhar do mesmo conhecimento de forma democrática, atentos ao futuro. Desta forma, toda e qualquer tecnologia em voga utilizada no ensino, não só a internet, deve ser de interesse de um educador moderno e atento às tendências educacionais atuais, afinal um educador deve contribuir para o crescimento profissional, social e pessoal de seus alunos.
Conforme cita Freire (2020), não se nasce educador ou com esta tendência, forma-se educador a partir da prática e de sua reflexão. É neste escopo que a formação continuada se faz necessária para fomentar a autonomia do professor e aperfeiçoar suas práticas pedagógicas, sempre que possível, com o apoio de sua instituição de ensino. Um professor não pode se sentir obrigado a ensinar da mesma que forma que aprendeu, ressentido pela dicotomia gerada pelas teorias aprendidas e a realidade vivenciada enquanto docente. Este processo reflexivo possibilita o aprimoramento parcial do aluno, cliente final dos processos educacionais.

Atividade pedagógica

Os processos de ensino e aprendizagem atuais impõem uma total versatilidade ao educador e ao educando. Os processos são mais dinâmicos, exige-se uma grande maleabilidade para trabalhos conjuntos e interativos e a quantidade de fontes de informação são infinitas, mas a compreensão destes fatores ainda é um entrave ao aprendizado conjunto entre as duas partes citadas. Macedo (2005, p.38) ilustra perfeitamente esta interatividade ao citar que “o desafio da prática docente supõe que o professor possa sair do isolamento e solidão da sala de aula com seus alunos e compartilhar formas coletivas de enfrentamento de questões comuns”.
Nestes termos, é interessante que compreendamos que a formação continuada orienta a atividade pedagógica por aprimorar o pensamento crítico, apresentar novos conhecimentos e desatar o conformismo, principalmente quando o educador reconhece suas lacunas e sabe que precisa desenvolver suas práticas por meio da ação. Esta ação pode ser iniciada por sua autocrítica e também pela análise de seus colegas por meio de avaliações horizontais, confrontando realidades distintas em reuniões pedagógicas ou relatórios de análise comportamental.

Existem três pilares essenciais no tocante à formação de educadores, de acordo com Nóvoa:
– O desenvolvimento pessoal, que se refere à produção da vida do docente em vários aspectos pessoais;
– O desenvolvimento profissional, que se relaciona à construção da profissão como educador; e
– O desenvolvimento organizacional, que diz respeito ao ambiente educativo.
Assim sendo, a formação continuada segue uma sequência bastante definida de acordo com a seguinte perspectiva: o educador em si, seu desenvolvimento e aperfeiçoamento e o contexto funcional.

 

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