A China demonstra um grande interesse pelo Tibete devido a diversos fatores.
O principal ponto atrativo para a China é a localização estratégica do Tibete, pois
permite um melhor controlo da região, logo é um meio para obter vantagens a nível
económico.
Outros aspetos que despertam ainda mais o interesse chinês são os recursos
hídricos e as riquezas naturais existentes na província tibetana, como já referi nas
páginas anteriores. Pois, as plantas possibilitam à medicina tradicional chinesa que se
possa basear na fitoterapia11, os recursos geotérmicos contribuem como uma fonte de
energia renovável e os recursos minerais são fundamentais para o crescimento
económico da China.
O governo chinês não aceita negociar a questão tibetana, o
vendo como parte territorial do Estado chinês. Desse modo tendo direitos sobre a
região, o governo chinês pode controlar os recursos naturais, como a água e explorar a
biodiversidade local.
Esta afirmação confirma a forma brutal como a China se apoderou dos recursos
hídricos, da localização e da biodiversidade, o que significa que passou a possuir todas as
riquezas pertencentes à população tibetana, logo demonstra efetivamente o interesse chinês
e a forma como explora toda a nação tibetana.
Para reforçar o seu princípio, a China apresenta justificações para o território
tibetano ser dominado por si. O primeiro argumento defendido abordou a ideia de que a
população chinesa, enquanto a maior população do mundo, é também bastante
multiétnica. Deste modo, não seria constituída apenas pela etnia han12, mas sim por
todas as suas 56 nacionalidades.