A busca por esse modelo ideal de beleza, que só é possível para uma parcela muito pequena da população de homens e mulheres, deixa um imenso grupo de insatisfeitos e desconfortáveis com o próprio corpo, consequentemente, com uma autoestima baixa. Dentre eles, os adolescentes, principalmente, por estarem em um fase de construção da identidade e da auto imagem. Para tal, buscam modelos disponíveis no meio social. Por exemplo, quando o jovem admira uma pessoa, próxima a ele ou alguma personalidade famosa, e se espelha nela, utilizando-a como referência de aparência tentando se aproximar a essa imagem.
A superexposição de modelos corporais nos meios de comunicação contribuem para a construção e fortalecimento de um universo de beleza e estética diretamente relacionados com saúde e bem-estar. Podemos ver em revistas e na internet, pessoas famosas com seus corpos em sintonia com os padrões de beleza que ensinam a como ter o “corpo perfeito” e passam a impressão de que a aparência física é responsável pela felicidade e sucesso, formando uma ilusão de que para conquistar o bem-estar é necessário se enquadrar no padrão de beleza. Essa é uma questão que exige bastante atenção, pois é natural que muitos jovens tenham seus ídolos, personalidades de referência de beleza e modo de ser, e às vezes, influenciados por essa busca pelo status que o “corpo perfeito” pode trazer, os adolescentes podem aderir a comportamentos de risco.
Se submetem a processos que não são ideais para seu desenvolvimento, como dietas muito restritivas, procedimentos estéticos, atividades físicas sem orientação, podendo conduzir a consequências sérias para a saúde, como por exemplo, o desenvolvimento de transtornos alimentares e depressão.
Considerando que a fase da adolescência é uma fase de adaptação e desenvolvimento da personalidade e do próprio corpo, a elaboração da autoimagem pode ser um processo bastante crítico pois exige sucessivas reconstruções e reformulações da imagem corporal. Entende-se que a autoimagem é formada a partir de como vemos a nós mesmos e o mundo ao nosso redor. Geralmente, essa autoimagem surge a partir de um conjunto de crenças que adotamos como verdade (grifo do autor), mas não necessariamente corresponde ao que é real