Entre as nanoestruturas de metal, as AgNPs chamaram atenção por possuir efeitos de superfície que favorecem uma boa condutividade elétrica, estabilidade química, atividade catalítica e atividade microbiana, isto por ser muito conhecida pelo fato de que os íons de prata e compostos à base de prata tem propriedades altamente tóxicas para micro-organismos.
A prata é conhecida pelas suas ações antimicrobriana desde a Grécia antiga onde a mesma era usada para tratar infecções e queimaduras . Atualmente com o aumento da resistência dos micro-organismos devido ao uso excessivo de antibióticos, foi possível verificar e confirmar a ação microbiana dos compósitos a base de prata, em especial as AgNPs, isso devido aos diferentes mecanismos de ações antibacterianas dessas partículas e exclusivamente às diversas morfologias que essas AgNPs podem apresentar .
São conhecidos três mecanismos de ações antibacterianas das NPs de prata, o primeiro, os íons de prata reagem com grupos tiol (-SH) de proteínas e enzimas desestabilizando a membrana bacteriana. O segundo, as AgNPs podem se anexar à superfície da membrana celular impedindo a permeabilidade e funções respiratória da célula bacteriana, consequentemente, levando assim a morte celular . E o terceiro mecanismo é que as AgNPs podem não só interagem com a superfície da membrana, mas também penetrar nesta membrana bacteriana .
As nanopartículas de prata
As nanopartículas de prata já demonstraram ser biocidas eficazes contra vírus e bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, tais como como Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Candida albicans, vírus HIV, etc.
Além do mais, o efeito antimicrobiano das AgNPs depende exclusivamente do tamanho e morfologia das partículas, uma vez que quanto menor o tamanho das NP maior é a razão superfície/volume, logo, ocorre um aumento da atividade biocida, pois a mesma consegue interagir melhor com agente microbiano.